Dia a dia
Dia dos Legendários no ES: entenda o movimento que atrai famosos
O projeto que cria o Dia dos Legendários foi sancionado e publicado no Diário Oficial nesta sexta-feira

No Espírito Santo, mais de 1,5 mil Legendários já subiram a montanha. Foto: Divulgação (Rede Sociais)
Foi sancionado pelo governador do estado, Renato Casagrande, o projeto do deputado José Esmeraldo (PDT) que inclui no calendário capixaba o Dia Estadual dos Legendários, que será comemorado no dia 29 de junho de cada ano. A lei foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (27).
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No Espírito Santo, atualmente, há mais de 2,5 mil legendários. Segundo o parlamentar, o movimento está em plena ascensão em todas as regiões, possuindo organizações e membros em diversos municípios. Ele justifica que o Legendários desperta “os mais profundos e belos valores humanos, incentivando e transformando homens, mulheres e suas famílias, auxiliando na construção de uma sociedade mais justa”, diz um trecho da proposta.
O movimento cristão, embora não seja ligado a nenhuma igreja, ganhou força e engajamento nas redes sociais após atrair participantes famosos como o ex-BBB Eliezer, Thiago Nigro, Neymar pai e o empresário Kaká Diniz, marido de Simone Mendes.
O grupo foi fundado em 2015 por Chepe Putzu, um pastor guatemalteco da Igreja Casa de Deus. Em 2017, o movimento chegou ao Brasil, onde ainda não é tão famoso, mas atrai cada vez mais participantes.
A organização do movimento diz que a ideia é buscar a transformação de homens, famílias e comunidades por meio de experiências que levam os homens a encontrar a melhor versão de si mesmos e seu novo potencial.
“Desde os primórdios, os homens buscam maneiras de provar a sua valentia, força e determinação. O Legendários é uma ferramenta que proporciona experiência para aqueles que estão dispostos a enfrentar desafios que os levam a tomar decisões rápidas e eficazes e aumentar a resistência emocional, física e espiritual. Lá não há conexão com a internet, conforto, nada… somente eles, a fé e o novo caminho a ser percorrido, inspirado no caráter e masculinidade de Jesus”, revela Chepe Putzu, fundador do Legendários.
O advogado e procurador-geral municipal, Eduardo Salles Ramos, contou que esse é um movimento de homens, cristãos, que tem por objetivo mostrar o verdadeiro papel do homen na família, na sociedade e na igreja. “O Legendários nos coloca em situações extremas (tanto físicas quanto emocionalmente), nos tirando do controle e da zona de conforto. Isso tudo para que possamos compreender a necessidade e a dependência que temos de Deus”.
Eduardo disse ainda que decidiu fazer o Legendários por curiosidade. “Confesso que foi uma das decisões mais importantes que tomei. Voltei convicto das mudanças que precisava fazer para ser um melhor marido, pai, amigo e profissional. Já fui 12 vezes. A primeira vez em 2023, em Minas Gerais. Depois, servi em Vitória, São Paulo, Ribeirão Preto, Belo Horizonte e também no exterior”, declarou.

Eduardo Salles Ramos decidiu fazer o Legendários por curiosidade. Foto: Divulgação (Acervo Pessoal)
Mulheres de Legendários
Um fato curioso é que 30% das inscrições são realizadas pelas próprias esposas. Foi mais ou menos isso que aconteceu com a ex-bodyboarder Naara Cunha, casada com o empresário Guilherme Bragatto. Ela conta que no ano passado pediu a ele que dedicasse 72 horas do dia dele para a família.
“E ele aceitou. Mas achou que estava indo pra um retiro e não levou as roupas certas. Nos dias em que ele estava lá, foram muito especiais pro nosso casamento! Nossa conexão. E até hoje, quase um ano depois, nossa filha de 6 anos lembra como o dia mais feliz da nossa família a chegada do pai dela na igreja. Todos os dias eu vejo um detalhe da montanha na vida do meu marido, e tenho muito orgulho dele ter ido, conquistado a montanha e voltado melhor todos os dias um pouco mais, para a nossa família”, revelou.
Caso semelhante viveu a empresária Lorena Couto Motta Barbarioli. Ela foi uma das grandes incentivadoras para que o marido, Gugu Barbarioli, participasse do movimento. “Ouvi muitos relatos de mulheres que tiveram as suas próprias vidas renovadas através da renovação da vida de seus maridos na aventura, enquanto subiam a montanha e se desafiavam fisicamente e, principalmente, espiritualmente. “O Bôto [apelido do esposo] foi para montanha, venceu a montanha e reencontrou com o Senhor lá! Obrigada, que o Seu Santo Espírito esteve com ele e o manteve firme”, disse.
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Quem quiser participar, tem que pagar. Homens solteiros ou casados ficam em acampamentos com inscrições que variam entre de R$ 1,6 a 1,8 mil. Os participantes usam uma mochila de até 14 kg que será utilizada para sobreviver às 72 horas ao ar livre. Lá, eles recebem barracas, sacos de dormir e suprimentos para aguentar o desafio. Não é permitido levar celular. Para participar de um TOP (Track Outdoor de Potencial), basta acompanhar a sede mais próxima e realizar a inscrição.
