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ES confirma primeira morte por febre oropouche

Vítima de 61 anos, de Fundão, foi a primeira morte por oropouche confirmada no Espírito Santo após investigação detalhada.

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Coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira (10), a Secretaria da Saúde (Sesa) confirmou o primeiro óbito no Espírito Santo causado pelo vírus Oropouche

Coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira (10), a Secretaria da Saúde (Sesa) confirmou o primeiro óbito no Espírito Santo causado pelo vírus Oropouche. Foto: Divulgação/Sesa

A morte de uma mulher de 61 anos, residente de Fundão, no Espírito Santo, foi confirmada como o primeiro óbito no estado causado pelo vírus oropouche. A vítima estava entre os três casos investigados, com dois outros sendo descartados. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira (10), pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

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A morte ocorreu no dia 28 de agosto, mas só foi confirmada após a análise da amostra coletada, que foi encaminhada ao Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES) e, após testes para 295 patógenos, o oropouche foi identificado como a causa.

Cenário do oropouche no ES

Maruim ou mosquito-pólvora é o transmissor do oropouche

Maruim ou mosquito-pólvora é o transmissor do oropouche. Foto: Coleção de Ceratopogonidae do IOC/Fiocruz

O oropouche, uma arbovirose transmitida pelo mosquito maruim, tem provocado preocupação nas autoridades de saúde do Espírito Santo, que registra 2.840 casos confirmados até o dia 10 de dezembro. O estado foi um dos primeiros fora da região amazônica a detectar a circulação do vírus, desde abril deste ano. A doença tem dois picos de incidência, com o maior crescimento registrado no sudeste capixaba, onde a transmissão do oropouche tem se mostrado mais intensa. O maruim, transmissor do vírus, é um mosquito que se adapta bem à zona rural, especialmente em áreas com folhas em decomposição.

“Os casos apresentaram dois momentos de crescimento, por volta da semana epidemiológica 19 a 21 e, depois, a partir da semana epidemiológica 41. No primeiro momento, observamos os casos na região noroeste, e nesta segunda onda, com maior prevalência na região sudeste do Espírito Santo. O maruim, transmissor do Oropouche, é muito diferente do Aedes. Ele tem ciclo diferenciado, pois precisa de matéria orgânica, como folhas em decomposição encontradas na zona rural, por exemplo. Não é que não possa estar na zona urbana, ele se adapta muito bem, mas hoje pelos números temos a maior parte na zona rural. E não tem recomendação do uso de inseticida”, frisou subsecretario de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso.

Em resposta ao aumento dos casos, a Sesa intensificou o trabalho de vigilância e prevenção, com capacitação dos profissionais de saúde e o acompanhamento técnico de especialistas, como os da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Evandro Chagas. Na próxima semana, uma equipe nacional irá aprimorar os protocolos de controle, com ênfase na proteção das gestantes, que são mais vulneráveis à transmissão vertical do vírus.

Alerta para dengue e chikunguya

Além do oropouche, a Secretaria também alertou para a crescente incidência de outras arboviroses, como a dengue e a chikungunya. O Espírito Santo já registrou mais de 238 mil casos de dengue em 2024, com 41 óbitos confirmados, e a previsão é de um aumento significativo desses casos nas próximas semanas. A chikungunya também apresenta alta de 24% em comparação com o ano passado, o que exige ainda mais atenção das autoridades e da população.


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