Eles viram o tempo passar: onde vivem os avós centenários do ES

Neste sábado, 26 de julho, o Brasil celebra o Dia dos Avós — uma data marcada em homenagem a Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo. No Espírito Santo, os avós que chegam aos 100 anos ou mais estão presentes em todas as regiões, como mostra um levantamento inédito do Colégio Notarial do Brasil – Seção Espírito Santo (Sinoreg-ES), com base em registros civis do estado.

O levantamento identificou a presença de pelo menos 515 pessoas com 100 anos ou mais vivas e registradas nos cartórios capixabas. A cidade de Pinheiros, no norte do estado, aparece no topo da lista com 40 centenários registrados. Em seguida vem Linhares, com 38 moradores com 100 anos ou mais. Alegre, na região do Caparaó, ocupa a terceira posição com 26 registros, enquanto Barra de São Francisco contabiliza 25.

Além disso, municípios como Nova Venécia (23), São Gabriel da Palha (22), Vila Velha (20) e Colatina (19) também se destacam com números expressivos de longevos. A capital Vitória soma ao menos 10 centenários, segundo o levantamento.

Embora a longevidade se concentre sobretudo em cidades do interior, a presença de centenários também chama atenção na Grande Vitória.

Registro civil ajuda a preservar a história

Os dados foram extraídos diretamente dos cartórios de Registro Civil do Espírito Santo, por meio do Sinoreg-ES. O número de centenários pode ser ainda maior, já que nem todos os municípios preencheram de forma completa os campos relacionados à cidade e ao sexo dos registrados. Ainda assim, o levantamento serve como um retrato da longevidade no estado.

Segundo o Sinoreg-ES, o aumento da expectativa de vida e o fortalecimento das políticas de atenção à terceira idade estão entre os fatores que explicam a presença cada vez maior de centenários.

Espírito Santo acompanha tendência nacional de envelhecimento

Com a população brasileira envelhecendo de forma acelerada, o Espírito Santo reflete essa tendência em números. Segundo projeções do IBGE, a população com 60 anos ou mais já ultrapassa 15% dos moradores do estado. Os centenários, embora ainda representem uma parcela pequena, são símbolos vivos dessa transformação demográfica.