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Doria diz que toda população de SP será vacinada em 2021

Governo de São Paulo afirma que Coronavac atingiu índices exigidos pela OMS e Anvisa; novas informações devem ser divulgadas em coletiva nesta quinta-feira, no Instituto Butantã

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Sem dar detalhes, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), declarou nesta quarta-feira, 6, acreditar que toda a população de São Paulo estará vacinada contra a covid-19 ainda em 2021. A expectativa é que mais informações sobre os resultados da vacina Coronavac sejam divulgadas nesta quinta-feira, 7, em coletiva de imprensa marcada para as 12h45, no Instituto Butantã. Além disso, o governo estadual cobrou que os municípios respeitem as determinações do Plano São Paulo, que tem sofrido uma série de infrações nas últimas semanas.

Por enquanto, há um detalhamento apenas da fase 1 de vacinação, que ocorrerá entre 25 de janeiro e 22 de março e é voltada a idosos com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, quilombolas e indígenas, totalizando 9 milhões de pessoas. Não foi informado como será a vacinação do restante da população, como os demais grupos de risco da covid-19 (a exemplo de portadores de doenças crônicas).

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Reunião com prefeitos
Doria se reuniu na manhã desta quarta-feira, 6, com os 645 prefeitos que tomaram posse em 2021, para apresentar o Plano Estadual de Imunização, o Plano São Paulo, de reabertura econômica e flexibilização da quarentena, e a política econômica do Estado.

“Ao final do ano, antes de terminar o ano, faremos uma terceira reunião (com os prefeitos, enquanto a segunda será em julho, também virtual) que esperamos fazer presencialmente, dado o fato que esperamos ter a imunização completa não só brasileiros de São Paulo, mas desejamos de todos os brasileiros em nosso País”, disse.

Além de Doria, participam os secretários estaduais, os membros do Centro de Contingência do Coronavírus e a primeira-dama, Bia Doria. A reunião foi transmitida ao vivo.

Doria comentou, ainda, que pouco menos de 20 municípios não respeitaram as orientações de restrição impostas pelo governo nas últimas semanas. “Esperamos que essas exceções não mais aconteçam”, comentou. “Esse ano de 2021 será muito mais difícil do que imaginamos até outubro passado”, acrescentou, ao citar o aumento da transmissão da doença no Brasil e no exterior.

‘Irresponsáveis’
O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, por sua vez, disse que municípios que não cumprirem as determinações do governo não terão prioridade quando procurarem o Estado. “Vamos priorizar aqueles que seguem o Plano São Paulo. Aqueles que forem irresponsáveis irão para o fim da fila nos atendimentos”. Ao Estadão, ele esclareceu que a declaração não se refere à vacinação ou outras ações essenciais, mas “na construção de parcerias”. “Vamos zelar sempre pela vida, priorizando gestões responsáveis”, afirmou.

Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, 10 hospitais paulistas atingiram a capacidade máxima de assistência com o aumento das taxas da covid-19 neste ano, mas não detalhou quais são os locais. Ele disse que o número de leitos será ampliado para atender essa demanda crescente.

O secretário voltou a dizer que a Coronavac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac e que será produzida no País pelo Instituto Butantã, mostrou-se segura nas três fases de estudo, com imunicidade e eficácia dentro dos índices exigidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O início da vacinação em São Paulo segue prevista para 25 de janeiro, apesar do resultado final dos testes ainda não ter sido apresentado e não haver aval da Anvisa. A ser realizada até 28 de março, a fase 1 de imunização abrangerá 9 milhões de pessoas, das quais 7,5 milhões são idosos com 60 anos ou mais e os demais são trabalhadores de saúde, indígenas e quilombolas.

De acordo com o governo, além dos 5,2 mil postos de vacinação existentes no Estado, poderão ser usados para imunização escolas, quartéis da Polícia Militar, terminais de ônibus, estações de trem, farmácias e postos drive-thru, o que elevaria para 10 mil os pontos de vacinação. Os locais funcionarão de segunda a sexta, das 7 às 22 horas, e aos sábados e domingos, das 7 às 17 horas.