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Defesa Civil e Crea-ES não constatam risco estrutural no Fórum de Vila Velha

Impactos sentidos nesta quarta-feira (22) foram provocados por um equipamento de nome “rolo compactador”, que pesa 14 toneladas

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Equipe do Crea-ES realiza vistoria em cartório do Fórum de Vila Velha. Foto: Divulgação

Equipe do Crea-ES realiza vistoria no Fórum de Vila Velha. Foto: Divulgação

Uma vistoria do Corpo de Bombeiros no Fórum de Vila Velha, em Boa Vista, não constatou qualquer sinal de risco ou comprometimento da estrutura do prédio após relatos de tremores e queda de parte do gesso do tetos de alguns cartórios. O relatório do setor de engenharia civil do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) apontou que os impactos foram provocados por um equipamento de nome “rolo compactador”, que pesa 14 toneladas e está sendo usado na obra de pavimentação na rua atrás do prédio.

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O Corpo de Bombeiros confirmou que não há qualquer sinal de risco ou comprometimento da estrutura do prédio que justificasse a interrupção de seu funcionamento. “Em uma obra muito próxima houve emprego de maquinário pesado, o que pode ter gerado vibrações no solo. Tais vibrações foram sentidas, segundo relatos, também em outras edificações nos arredores. Possivelmente essas foram as trepidações sentidas pelos servidores. Corrobora a hipótese que apenas na face da edificação voltada para a obra e apenas nos andares inferiores sentiu-se algum tremor, conforme informaram as pessoas que estavam no local”, escreveu em nota.

Algumas placas de forro de fibra mineral que se desprenderam não indicam comprometimento da estrutura. A Defesa Civil endossou o parecer do setor de engenharia do TJES de que não há necessidade de interdição. Com o decorrer da obra, no emprego de maquinário pesado, como rolos compressores e escavadeiras de esteira, vibrações podem ser sentidas novamente.

CREA-ES VAI MONITORAR

De acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), as trepidações ocorridas nesta quarta-feira podem ter sido consequências de uma série de fatores e situações distintas. A estrutura construída num solo com grande evidência de umidade, região localizada entre duas avenidas com intenso tráfego de veículos de grande porte, além da identificação de uma obra sendo executada na parte de trás do imóvel foram alguns dos apontamentos realizados, de maneira preliminar.

“Estamos diante de um edifício robusto e não vislumbramos risco de desabamento. No entanto, nossas equipes verificaram que há indícios de movimentações próximas às juntas de dilatação, além de manifestações de trincas nos pisos, tanto no térreo como no subsolo. As movimentações nas juntas de dilatação podem ser consideradas normais, estando, inclusive, previstas nos projetos, mas requer um acompanhamento mais diligente”, disse o Gerente de Relacionamento Institucional do Crea-ES engenheiro civil e de segurança do trabalho Giuliano Battisti, que coordenou nesta quarta-feira a ação de vistorias técnica e fiscal realizada no local.

Sobre o desprendimento de algumas placas do teto, os engenheiros acreditam na possibilidade de ter sido um fator isolado, uma vez que as estruturas apresentavam umidade e estavam próximas a aparelhos de ar condicionado e de instalações hidrossanitárias. “Diante de situações como essas, as placas podem apresentar problemas de fixação, se deformar, perder a aderência e ceder. Nossa orientação foi atentar para a manutenção, por meio de revisões periódicas nesses forros”, explicou Battisti.

“Por essas razões que a nossa recomendação é pelo monitoramento da estrutura nos próximos dias e que essas instabilidades sejam acompanhadas por profissionais habilitados, que irão verificar os projetos, realizar medições, aferir a constância e a intensidade dessas movimentações e se estão, de fato, dentro de uma margem de segurança e contempladas nos projetos”, completou.

O presidente do Crea-ES engenheiro Jorge Silva já requisitou aos especialistas do Conselho um relatório técnico sobre a causa dos supostos tremores no prédio do Fórum de Vila Velha. O resultado dos estudos será divulgado nos próximos dez dias. Nesse período, o Conselho manterá o monitoramento da situação e requisitará reuniões para alinhar os procedimentos necessários para que os responsáveis pelo empreendimento corrijam as instabilidades.

O PRÉDIO CHEGOU A SER EVACUADO PREVENTIVAMENTE

O Fórum de Vila Velha chegou a ser evacuado preventivamente na tarde desta quarta-feira (22) após relatos de tremores e desabamento de placas de gesso nos tetos de alguns cartórios. Não houve tumulto e o prédio foi evacuado, após orientação do juiz diretor do foro, Flavio Moulin, de forma gradual e ordenada.