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CRM-ES: relatórios apontam falta de obstetras em maternidades da GV

Os documentos apresentados em reunião no dia 9 de outubro foram encaminhados às direções das empresas para adoção de medidas para resolver os problemas

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Hospital Materno Infantil da Serra. Foto: Divulgação (Prefeitura)

Relatórios do Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) apontaram números de obstetras de plantão abaixo do exigido e outras irregularidades técnicas em unidades da Pró-matre, em Vitória, e no Hospital Materno Infantil da Serra. Os documentos apresentados em reunião no dia 9 de outubro foram encaminhados às direções das empresas para adoção de medidas para resolver os problemas e podem subsidiar possíveis ações futuras, caso sejam necessárias.

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Segundo o presidente da categoria, Otto Baptista, o problema acontece devido a uma substituição da empresa que prestava o serviço para a Pró-Matre e o Hospital Materno Infantil de Serra. Explicou ainda que o ideal é que existam quatro obstetras em um plantão de 12 horas, mas que atualmente esse número não está sendo respeitado pelas escalas nessas duas unidades.

A reunião foi convocada pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Espírito Santo (Simes) com representantes da classe médica estadual para debater situações de trabalho de ginecologistas e obstetras que possuem contratos com a Santa Casa de Misericórdia de Vitória e atuam em diversas maternidades da região Metropolitana da Grande Vitória.

Durante a reunião, o CRM-ES apresentou relatórios de fiscalizações efetuadas na Pró-matre, em Vitória, e no Hospital Materno Infantil da Serra, que apontavam possíveis questões éticas nas duas unidades. Os documentos foram encaminhados às direções das empresas para adoção de medidas para resolver os problemas e podem subsidiar possíveis ações futuras, caso sejam necessárias.

“Analisando os relatórios, notamos que vários itens deverão ser corrigidos pelas empresas que assumirem a coordenação e direção das instituições. Os problemas vão desde escalas furadas, números de obstetras de plantão abaixo do exigido e outras irregularidades técnicas que nos trazem preocupação”, disse o presidente do Simes, Dr. Otto Baptista.

As questões foram discutidas amplamente e o sindicato mantém as portas abertas para o diálogo com a categoria, colocando-se à disposição para mediar e fiscalizar as contratações, que deverão incluir número adequado de plantonistas, escalas de trabalho completas e acordo coletivo com todo o corpo clínico. Além disso, o Simes está disponível para estabelecer um foro junto ao Ministério do Trabalho Emprego e ao Ministério Público do Trabalho, caso seja necessário.

O que diz a Prefeitura da Serra:

A Secretaria de Saúde da Serra (Sesa) informa que não recebeu os relatórios do Conselho de Medicina (CRM) para poder se manifestar. Ressalta ainda que possui um Termo de Fomento para gestão do Hospital Municipal Materno Infantil (HMMI) com a Santa Casa de Misericórdia, que é a instituição responsável pelas contratações.

O que diz a Santa Casa de Misericórdia de Vitória

A reportagem demandou a Santa Casa de Misericórdia de Vitória – que administra a Pró-matre, em Vitória – mas não recebeu retorno.


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