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Crianças passam mal após punição com corrida em escola no ES

Professor foi afastado após obrigar alunos a correrem como castigo por não entregarem lição de casa; pais relataram crises e vômitos

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Fachada da Escola Municipal Professor Valdy Freitas, no bairro Paraíso, onde ocorreu a punição que levou ao afastamento do professor

Fachada da Escola Municipal Professor Valdy Freitas, no bairro Paraíso, onde ocorreu a punição que levou ao afastamento do professor. Foto: Reprodução

Um grupo de alunos do 4º ano da Escola Municipal Professor Valdy Freitas, no bairro Paraíso, em Cachoeiro de Itapemirim, passou mal após ser submetido a uma atividade punitiva durante a aula de Educação Física, na última terça-feira (22). A situação gerou revolta entre pais e responsáveis e resultou no afastamento do professor envolvido.

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Segundo os relatos, o professor teria determinado que as crianças dessem 10 voltas correndo na quadra da escola como punição por não realizarem uma tarefa de casa. O exercício, conhecido como “suicídio”, é de alta intensidade e comum em treinamentos de atletas, mas causou mal-estar entre os estudantes.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram um aluno chorando e relatando dores no peito. A mãe contou que o menino sofre de ansiedade e, durante a crise provocada pela punição, chegou a roer o dedo até causar ferimentos. Outros alunos relataram vômitos e falta de ar após o esforço físico.

A Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim se manifestou por meio de nota e informou que tomou conhecimento da denúncia na manhã de quarta-feira (23). A situação foi encaminhada à Gerência de Gestão Escolar (GGE), e a direção da unidade foi notificada para prestar esclarecimentos formais.

A administração reforçou que não compactua com práticas pedagógicas punitivas e condena qualquer conduta que afronte a dignidade dos estudantes. Segundo a prefeitura, um procedimento administrativo foi aberto para apuração do caso e os órgãos competentes também serão acionados para garantir a proteção dos alunos envolvidos.

“A conduta atribuída ao profissional não condiz com os princípios do Código dos Agentes Públicos Municipais nem com as diretrizes educacionais da Secretaria, que preza por um ambiente escolar saudável, inclusivo e pautado no respeito mútuo”, diz a nota.

O caso segue sob investigação interna e acompanhando de perto pela Secretaria Municipal de Educação. A escola não informou se os estudantes receberam atendimento médico imediato após os episódios de mal-estar.

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