Corpo de capixaba assassinada na França chega ao ES neste sábado

Está chegando ao fim a luta da família de Juliana de Oliveira Salomão para se despedir da capixaba, elaborar o luto e seguir em frente. Juliana, que tinha 41 anos, foi assassinada no último dia 24 de outubro, na casa onde morava, na França. O suspeito do crime é o ex-marido da vítima, identificado como Marcelo Salomão, 44, que cometeu suicídio logo após o crime. O processo do traslado já foi iniciado, e o corpo de Juliana deve chegar ao Espírito Santo neste sábado (23).

Desde que recebeu a notícia da morte da irmã, a produtora rural Danielle de Oliveira Pigatti iniciou uma jornada na tentativa de fazer o traslado do corpo e garantir a segurança e o bem-estar dos sobrinhos, de 14 e 17 anos, que presenciaram tudo. A família fez uma vaquinha e conseguiu arrecadar o valor inicialmente estipulado, de R$ 80 mil.

Juliana de Oliveira Slomão, 41, capixaba assassinada pelo marido na França. Foto: Arquivo pessoal.

Familiares foram até a França para realizar os trâmites burocráticos e localizar os filhos da vítima. A intenção inicial da família era trazer os adolescentes de volta para o Brasil, mas os meninos decidiram ficar no país europeu.

“A França ofereceu a eles moradia, estudo, assistência social e psicólogo, e deu a eles a opção de escolher se eles queriam vir ou ficar lá. E eles decidiram ficar. Foi uma decisão deles, nós não pudemos interferir. E mesmo se tivéssemos esse poder, nós não faríamos, porque foi uma escolha deles. Gostaríamos de tê-los por perto, mas já que não é possível, esperamos que para eles seja melhor assim, pois terão uma oportunidade melhor. E caso eles mudem de ideia e resolvam voltar, nós estaremos aqui por eles”, disse a tia.

Velório

A filha mais velha de Juliana, que tem 21 anos, vai se mudar para a França para morar com os dois irmãos. Se tudo correr conforme o previsto, o velório de Juliana deve acontecer neste domingo (24), um mês após a morte. O sepultamento está previsto para as 16 horas.

“É um misto de sentimentos. Alívio, porque vamos encerrar esse ciclo, mas também de muita angústia, porque nós não a víamos há quase seis anos e agora vamos vê-la dessa forma. Mas precisamos encerrar esse ciclo, seguir nossas vidas e cuidar dos filhos dela, mesmo que à distância”, desabafou.

Foi feita uma despedida na França, nesta quinta-feira (21), pelos filhos e parentes de Juliana que moram na França. Apesar de toda a dor, a família faz questão de demonstrar gratidão às pessoas que prestaram auxílio. “Queremos agradecer de coração toda doação, toda ajuda que recebemos e todas as orações”.

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