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Convento da Penha celebra 467 anos como símbolo de fé e cultura

Com 467 anos de história, o Convento da Penha é palco da maior festa religiosa do Espírito Santo, celebrada nesta segunda-feira (28)

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Na primeira foto está a ermida construída por Frei Pedro Palácios para Nossa Senhora da Penha. Na foto ao lado, está a construção do Convento da Penha, em Vila Velha

Ermida construída para Nossa Senhora da Penha e que depois se tornou o Convento da Penha como conhecemos hoje. Foto: Reprodução

No dia em que o Espírito Santo celebra Nossa Senhora da Penha, padroeira do estado, um dos pontos mais visitados por fiéis e turistas também ganha destaque: o Convento da Penha, em Vila Velha, palco da tradicional festa que movimenta o estado e reforça a devoção mariana dos capixabas.

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O que poucos sabem é que o convento, hoje cartão-postal e um dos principais destinos de turismo religioso do Brasil, começou como uma pequena ermida de pedra e cal no topo do morro da Penha. A construção foi iniciada em 1558 por frei Pedro Palácios, que trouxe de Portugal um painel de Nossa Senhora das Alegrias, ainda preservado no santuário.

“O início foi simples. Era só uma abóbada sustentada por muros baixos. Atrás da ermida havia duas palmeiras. A estrutura foi crescendo com o tempo”, explica o historiador Luiz Paulo Rangel, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha (IHGVV).

Convento da Penha, em Vila Velha

Convento da Penha, em Vila Velha. Foto: Reprodução

Ainda segundo o historiador, as primeiras procissões já eram realizadas no local, mesmo quando a igreja não passava de uma capela isolada. “A prática de colocar a imagem de Nossa Senhora no ponto mais alto era comum. Representava proteção para toda a cidade abaixo”, conta.

Ao longo dos séculos, o convento passou por diversas reformas e ampliações, incluindo celas, corredores, novas capelas e calçamento da ladeira. Mais tarde, ainda no século XIX, foram feitas intervenções como a construção do alpendre e melhorias na capela. Desde 1955, a administração do local está de volta às mãos dos frades franciscanos.

Hoje, além da importância religiosa, o convento é um bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e recebe milhares de visitantes por mês. Durante a Festa da Penha, o movimento se intensifica: romarias, missas e celebrações tomam as ruas e enchem a colina de fiéis.

Na edição de 2024, mais de 2 milhões de pessoas participaram da programação, que terminou neste 28 de abril com missas campais e homenagens à padroeira. Mas mesmo fora da festa, o convento segue como espaço de peregrinação, contemplação e história viva.

Para quem sobe o morro hoje, seja pela estrada, seja pelas trilhas, o cenário é de fé, mas também de permanência. Um lugar que, apesar das transformações, segue cumprindo a mesma missão desde o século XVI: ser ponto de encontro entre o sagrado e o povo capixaba.

Convento da Penha. Foto: SECOM/Reprodução

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