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Dia a dia

Comércio teme colapso com os impactos do coronavírus

Fórum de Entidades e Federações do Espírito Santo publicou um manifesto às autoridades e à sociedade pedindo medidas urgentes ao governo do estado

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Antes mesmo de entrarem em vigor as restrições do governo do estado para a abertura de comércios e circulação de pessoas, no último sábado (21), o microempresário Vinicius Félix sentiu o impacto do avanço do coronavírus no seu negócio. Sócio de uma clínica de fisioterapia e pilates na Praia da Costa, em Vila Velha, ele teve que fechar as portas por falta de clientes já na metade da semana. E assim como tantos outros empreendedores, não sabe quando poderá reabrir.

“Quase 80% do nosso público era de pessoas acima de 60 anos. O impacto na empresa foi de 100%. Zerei minha receita tendo, ainda, pagamento de aluguel, impostos, funcionários e outras contas”, diz. Vinicius conta que já procurou os bancos com os quais a empresa trabalha e que a primeira resposta é de que não há linhas de crédito disponíveis.

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Temendo a manutenção das empresas e dos empregos, nesta segunda-feira (23) o FEF (Fórum de Entidades e Federações do Espírito Santo) publicou um manifesto às autoridades e à sociedade pedindo medidas urgentes ao governo do estado. “Temos urgência! Apoiamos o governo para que adote as medidas necessárias. Nossas sugestões já foram encaminhadas”, diz a nota.

O FEF representa mais de 730 mil empregos e reúne as seguintes entidades: Findes (Federação das Indústrias do Estad0), Fecomércio ( Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado), Fetransportes (Federação das Empresas de Transportes do Estado), ESA (Espírito Santo em Ação) e Faes (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado). No manifesto, o FEF diz confiar no governador Renato Casagrande (PSB), mas pede: “É hora de lançar mão de todos os recursos para enfrentar este momento gravíssimo, inclusive nossas reservas financeiras e reputação fiscal em prol do socorro às pessoas e à atividade econômica”.

Em nota, a Sefaz (Secretaria de Estado da Fazenda) disse que medidas importantes já foram tomadas para amenizar os impactos para os contribuintes, como a prorrogação dos prazos para cumprimento de obrigações acessórias relativas ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), apresentação de recursos e impugnações. Diz, ainda, que todas as medidas a serem tomadas “terão como norte a sua efetividade, bem como a preservação das contas públicas e do equilíbrio fiscal para que o estado e os municípios tenham recursos para enfrentar a situação atual”.

Linhas de crédito

Banestes. Foto: Divulgação/Banestes

Banestes lançou linhas de crédito. Foto: Divulgação/Banestes

Desde a semana passada, o Bandes (Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo), em conjunto com o Banestes, disponibiliza uma linha de crédito emergencial para empresas de todos os portes afetadas economicamente pelo novo coronavírus. Com taxas a partir de CDI + ,032% ao mês, o valor do financiamento varia conforme a capacidade de contratação da empresa. O prazo máximo de parcela é de 48 meses, com carência de até 6 meses.

O atendimento aos empresários interessados será feito de forma conjunta por um comitê com analistas dos dois bancos públicos estaduais. O empresário pode enviar sua proposta pelo site do Bandes. O atendimento do Bandes pode ser feito pelo telefone 0800 283 4202 (horário reduzido de 9h às 15h) ou pela rede de agências e SAC Banestes (0800 727 0474).

O Banestes também lançou outra linha de crédito em apoio às empresas: o Microcrédito Emergencial, operado pelo Programa Nossocrédito. A nova linha, que atende aos empreendedores de menor porte,  estará em vigor para contratação a partir desta segunda-feira (23), com taxas a partir de 0,65% ao mês. Também estará em vigor carência de até seis meses para o pagamento da primeira parcela. O prazo máximo para parcelamento é de 36 meses. Os contratos poderão variar de R$ 200 a R$ 20 mil. Confira os detalhes no site do banco.