Cigarros eletrônicos apreendidos no ES podem conter fentanil 

Os cigarros eletrônicos foram apreendidos no Espírito Santo durante operação Vapor, da Polícia Civil. Foto: Divulgação (PCES)

Conhecido pelo seu poder destrutivo no organismo, o fentanil ou K9, a droga que mais mata nos Estados Unidos, pode ser uma das composições encontradas nos cigarros eletrônicos apreendidos no Espírito Santo durante a operação Vapor, realizada pela Polícia Civil do estado. 

A informação é do delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda, que acredita que muitos desses materiais podem estar “batizados”, o que aumenta a dependência dos usuários e o risco de doenças como câncer e problemas no pulmão.

“Vamos mandar para os nossos laboratórios para que possamos verificar se de fato é verdade”, disse Arruda. 

Durante entrevista coletiva à imprensa, o delegado informou que os cigarros eletrônicos eram vendidos em Vitória, Vila Velha, Guarapari e Serra.

O acusado de comercializar esses dispositivos foi preso em flagrante, mas conseguiu a liberdade após pagar fiança de R$ 20 mil estipulada pela Justiça. 

Segundo Arruda, ele mantinha um alto padrão de vida e ostentava um carro importado da marca BMW e possuía uma pistola austríaca, mesma utilizada pelas forças de segurança no estado. A estimativa é que ele teria arrecadado mais de R$ 500 mil em 78 dias. 

O criminoso mantinha uma sala comercial em um centro comercial na Mata da Praia e as mercadorias eram entregues por um motoboy, que também foi detido no momento em que chegava para fazer novas entregas. 

Os cigarros, que tinham origem do Paraguai, eram vendidos também pela internet para todo o Brasil. A entrega, nesses casos, era feita pelos Correios. 

De acordo com a polícia, entre os compradores havia uma adolescente moradora da Praia do Canto. 

Os responsáveis podem responder pelos crimes de venda de produto nocivo à saúde, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e crime de importação de material proibido. 

“Essa foi uma operação de extrema importância. Não é uma simples apreensão de cigarro eletrônico. São produtos contrabandeados, que não são permitidos no território nacional. É uma cadeia de crimes que fomenta outros crimes. E nós vamos continuar até que parem de vendê-los para as pessoas que estão ficando doentes”. 

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