Dia a dia
Ceturb-ES não explica desabamentos de lona no Terminal de Itaparica
Na última segunda-feira, a estrutura do Terminal de Itaparica cedeu novamente após as fortes chuvas na Grande Vitória

Uma empresa será contratada para fazer a manutenção da lona do Terminal de Itaparica. Foto: Divulgação (Governo do estado)
Aconteceu de novo! Pela quarta vez, a lona da cobertura do Terminal de Itaparica, em Vila Velha, cedeu com as fortes chuvas que atingiram a Grande Vitória na última segunda-feira (29). Com a estrutura danificada, as plataformas ficaram alagadas.
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Essa é a segunda vez que o problema é registrado em menos de 10 dias. A última vez foi na semana passada, no dia 21 de janeiro.
Mas por que a lona não suporta o peso e sempre cede durante os temporais? A reportagem do ES 360 fez esse questionamento à Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES), mas não obteve a resposta. A empresa respondeu apenas que iniciou a contratação de uma empresa que fará a manutenção da lona e que, além disso, também já está feita a contratação de consultoria para o “serviço de manutenção permanente, preventiva e corretiva, de toda a cobertura, que passará a ser periódico”.
“O grande volume de chuva da tarde de segunda-feira provocou um novo rompimento em uma pequena parte lateral da membrana. Nesta semana, o processo de contratação do serviço será finalizado e imediatamente iniciado o reparo”, disse o trecho do comunicado.
Veja o vídeo do momento em que a lona cede com as chuvas na semana passada:
Outros casos
A primeira vez que a lona não suportou o volume de chuvas foi em 2021, quando a estrutura tinha acabado de passar por uma obra. Em janeiro de 2023, o problema se repetiu e a lona mais uma vez cedeu por conta das chuvas.
Na época, a empresa especializada na estrutura divulgou que o novo teto do Terminal de Itaparica poderia durar até 40 anos. A estrutura é feita a partir de uma lona tensionada, amplamente utilizada em estações de trem e ônibus da Europa. Porém, para que a vida útil do equipamento atinja sua capacidade máxima, é recomendada a higienização periódica de toda a estrutura.
Segundo as informações oficiais, “o material utilizado na cobertura é uma tecnologia que suporta muito peso, não pega fogo e absorve até 92% de raios UV em altas temperaturas”. De acordo com o DER-ES (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado), o equipamento pode durar até 25 anos. A previsão, portanto, diverge daquela feita pela empresa responsável pela estrutura.
Além das constantes reparações, o terminal custou aos cofres públicos o dobro do projetado. O governo do estado investiu inicialmente R$ 12,2 milhões para construir o terminal. A obra foi entregue em 2009. Foi interditado em 21 de julho de 2018 devido ao risco de desabamento da nave central, constatado em um laudo que apontou falhas no projeto e na execução da obra. Só para reformá-lo, foram investidos outros R$ 12 milhões. Além do custo, a reforma impressionou pela demora: o terminal levou três anos para ficar pronto e só foi reaberto em 202o.
