Dia a dia
Caso Kauã e Joaquim: Julgamento de ex-pastor deve durar três dias
Os meninos foram estuprados e mortos pelo ex-pastor. O crime chocou o Espírito Santo

O julgamento está marcado para acontecer no Fórum de Linhares. Foto: Divulgação (TJES)
Está marcado para esta segunda-feira (3) o julgamento do ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves, acusado estuprar e matar os irmãos Joaquim Alves e o enteado Kauã Butkovsky. As vítimas eram filho e enteado do acusado, respectivamente.
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O crime, que chocou o Espírito Santo, aconteceu em Linhares, em 2018. A previsão da Justiça é de que o julgamento dure aproximadamente três dias.
Inicialmente, o júri do ex-pastor, que se encontra preso, aconteceria no dia 13 de março, mas foi transferido por causa de troca de advogados da defesa.
Ao todo serão ouvidos 15 testemunhas e cinco peritos prestarão esclarecimentos. O plenário do fórum de Linhares possui 107 assentos, dos quais 25 serão reservados para os jurados.
Georgeval Alves Gonçalves será levado a julgamento, sob acusação da prática dos crimes de homicídio qualificado, estupro de vulnerável e tortura contra as duas crianças
Normalmente a sessão do júri tem início com a análise, pelo juiz-presidente, de casos de isenção, dispensa de jurados e pedidos de adiamento, se houver.
Em seguida, o magistrado sorteia os jurados e compõe o conselho de sentença, para dar início, então, à instrução plenária, quando serão ouvidas as testemunhas de acusação, as testemunhas de defesa e será interrogado o acusado.
Encerrada a fase de instrução, será concedida a palavra ao Ministério Público para fazer a acusação. Logo depois, a defesa fará uso da palavra. “O tempo destinado à acusação e à defesa será de uma hora e meia para cada, de uma hora para a réplica e outro tanto para a tréplica”.
Concluídos os debates entre acusação e defesa, o presidente perguntará aos jurados se estão habilitados a julgar ou se necessitam de outros esclarecimentos. Não havendo nenhum empecilho, o juiz conduzirá os jurados, o membro do MPES, o assistente e o defensor à sala especial de votação e prosseguirá à fase de questionamento e votação.
Relembre o caso
O crime aconteceu no dia 21 de abril de 2018, na residência onde a família morava no Centro de Linhares. As crianças morreram após terem sido abusadas sexualmente e queimadas vivas. Elas estavam em casa, com o ex-pastor. A mãe das crianças estava em Minas Gerais com o filho mais novo do casal.
Sete dias após o crime o ex-pastor foi preso, ainda durante o inquérito policial. Ele permanece o Centro de Detenção Provisória de Viana 2, na Grande Vitória.
