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Cariacica produz pimenta tão forte que dá soluço e faz chorar

A Carolina Reaper é 300 vezes mais forte que a jalapeño e cresce em uma propriedade rural de 60 mil metros em Vila Cajueiro

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Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo é cultivada em Cariacica

Carolina Reaper, a pimenta mais ardida do mundo é cultivada em Cariacica. Foto: Claudio Postay

Se você acha que aguenta, vale saber que a pimenta mais ardida do mundo é cultivada bem aqui, em Cariacica. A Carolina Reaper, famosa por queimar até a alma, é 300 vezes mais forte que a tradicional jalapeño e segue firme produzindo no município capixaba.

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O cultivo acontece em uma propriedade de 60 mil metros na zona rural, em Vila Cajueiro. Quem comanda tudo é o produtor Rodrigo Batista, que trouxe cinco sementes da pimenta direto dos Estados Unidos, em 2019. De lá pra cá, o cultivo só cresce.

“Comecei com 20 pés em 2019. Hoje, já são 1.200 pés”, conta Rodrigo. Essa produção rende cerca de 4.800 garrafas de molho por ano, que são vendidas tanto no Espírito Santo quanto para outros estados. Pequenos lotes também seguem para fora do país.

Ardência nível nuclear

Não é exagero. A Carolina Reaper entrou para o Guinness Book em 2013 como a pimenta mais ardida do planeta, após testes realizados na Universidade Winthrop, nos Estados Unidos.

Para ter ideia, enquanto a pimenta dedo-de-moça atinge até 15 mil pontos na escala Scoville — que mede a ardência dos alimentos — a Carolina Reaper ultrapassa 2 milhões de pontos.

“Ela é uma pimenta nuclear. A escala de ardência não tem comparação com outras, como dedo-de-moça ou malagueta”, explica Rodrigo.

Cultivo exige cuidado — e o consumo também

O processo de cultivo não é simples. A planta exige correção do solo, adubação constante e manejo cuidadoso. O ciclo entre o plantio e a colheita leva, em média, 180 dias.

Mas o alerta vai também para quem consome. Por ser extremamente forte, o recomendado é usar com muita cautela. “O máximo que já vi foi gente chorando, tossindo e tendo soluços. Mas nunca ninguém passou mal de verdade”, conta, aos risos, o produtor.

E a procura? Só cresce. Segundo Rodrigo, a busca pela pimenta mais forte do mundo não para de aumentar — tanto para quem gosta de desafios gastronômicos quanto para quem é apaixonado por molhos realmente picantes.

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