Dia a dia
Cadeirantes estão há dois meses sem transporte gratuito em Vitória
O serviço Porta a Porta foi suspenso no início de março após o contrato da empresa com a Prefeitura de Vitória expirar

Serviço Porta a Porta. Foto: Prefeitura de Vitória
Pessoas com deficiência física estão há dois meses sem o serviço de transporte gratuito e acessível fornecido pela Prefeitura de Vitória. Com a falta do transporte, muitos não conseguem se locomover para as atividades diárias.
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Cadeirantes eram buscados e deixados em casa por uma van adaptada para seus compromissos e consultas médicas. O transporte operava todos os dias da semana, inclusive feriados.
O Porta a Porta, nome dado ao atendimento, foi suspenso no início de março após o contrato da empresa que realizava o transporte com o órgão público expirar.
Geisa Santos é mãe do Pedro Henrique, de 12 anos, que utiliza a cadeira de rodas porque possui obesidade mórbida. Ele também é deficiente visual e teve que deixar de frequentar até as aulas de braile pela falta do transporte.
“Ele não frequenta mais a APAE, deixou de fazer natação e as aulas de braile. A única coisa que eu estou mantendo é a escola, que eu consigo levar. Mas as outras atividades estão suspensas”, conta Geisa.
Sem o serviço, as famílias dependem de transporte por aplicativo, mas nem todos os carros possuem acessibilidade, ou o transporte público e ônibus adaptáveis. Já os pacientes de hemodiálise, que também utilizavam o serviço, continuaram com transporte disponível, desta vez, oferecido pela Secretaria de Saúde.
A espera pela volta do serviço vai se estender, ainda, pelo resto deste mês. O secretário de transporte, trânsito e infraestrutura de Vitória, Alex Mariano, afirma que já foi aberto processo para a contratação de uma nova prestadora do serviço que está em fase de avaliação.
“Nós fizemos, em abril, um novo chamamento. A gente quer começar o serviço em torno de 20 dias, pelo menos com um carro já rodando. Estamos fazendo a análise dos documentos e esperando a nova empresa apresentar os veículos disponíveis”, explica o secretário.
Na última semana, a Defensoria Pública do Espírito Santo oficiou a Prefeitura de Vitória solicitando informações sobre as medidas adotadas para a volta do serviço, bem como a solução encontrada pela Prefeitura para transporte dos usuários durante o período de suspensão.
