Cachorro pichado em Guarapari é resgatado e autor do crime preso

Cachorro resgatado após ser pichado em Guarapari; autor do crime foi preso pela polícia. Foto: Divulgação

O caso de maus-tratos a um cachorro em Guarapari, que ganhou repercussão nacional após imagens do animal pichado circularem nas redes sociais, teve desfecho nesta quinta-feira (28). O responsável pelo crime foi preso e o cão já está acolhido por uma família.

De acordo com o delegado Rodrigo Peçanha, da Delegacia de Infrações Penais e Outras (Dipo), a identificação dos suspeitos começou na manhã de quinta. À noite, o delegado confirmou a prisão e informou que o cachorro passa bem.

Marca de facção criminosa

O animal foi encontrado com inscrições pintadas no corpo, incluindo nomes, números e siglas relacionadas ao Terceiro Comando Puro (TCP), como “Bala” e o número 3. O uso desses símbolos foi interpretado como ato de intimidação por parte da organização criminosa.

Segundo a polícia, o cachorro foi filmado novamente após o resgate, já limpo e em segurança, sob os cuidados da nova família adotiva.

Reação da polícia

O delegado Rodrigo Peçanha destacou a gravidade do episódio. “Animais são seres indefesos que merecem proteção e respeito. Cada vida importa, e a atuação da polícia reafirma o compromisso com a defesa de quem não pode se defender sozinho”, afirmou.

Ele lembrou que maus-tratos a animais são crime previsto no artigo 32 da Lei nº 9.605/98, com pena de dois a cinco anos de reclusão, multa e proibição de guarda.

Mobilização rápida

As primeiras imagens do cachorro foram divulgadas na quarta-feira (27) pelo delegado Leandro Piquet, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). Como a unidade não tem competência para atuar em Guarapari, ele acionou a Divisão Especializada do município.

“Já mobilizamos esforços e a equipe de Guarapari está trabalhando para identificar quem fez essa crueldade”, disse Piquet, ainda durante as buscas.

Preocupação com a saúde do animal

No início da investigação, havia receio sobre os possíveis efeitos da tinta no organismo do cachorro. Dependendo da substância, o contato poderia causar feridas, alergias ou intoxicação. A prioridade da polícia era localizar o animal, higienizá-lo e garantir atendimento veterinário.

Canal de denúncias

A polícia reforça que casos de maus-tratos devem ser denunciados pelo telefone 181, com garantia de anonimato. Segundo os investigadores, a colaboração da população foi fundamental para localizar o responsável pela agressão.

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