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Bolsonaro e outras 36 pessoas são indiciadas por tentativa de golpe de Estado

Polícia Federal finalizou o relatório nesta quinta e entregará para a PGR e ao STF para que haja denúncia e julgamento

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Depoimentos colocam Bolsonaro como peça central da trama golpista. Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

Bolsonaro foi indiciado por três crimes. Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

A Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira (21) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-integrantes do governo. O motivo foi a abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. A lei que pune os ataques contra a democracia foi sancionada pelo próprio ex-presidente durante o mandato, em 2021.

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O relatório final do inquérito foi concluído nesta quinta-feira (21) e será entregue ao Supremo Tribunal Federal. Ficará a cargo da Procuradoria Geral da República (PGR) denunciar ou não os indiciados e ao Supremo Tribunal Federal (STF), julgá-los.

Além de Bolsonaro, o general da reserva do Exército Braga Netto, o general da reserva Augusto Heleno, o policial federal Alexandre Ramagem e Valdemar da Costa Neto também foram indiciados pelos três crimes.

A pena para a tentativa de golpe de Estado pode variar entre quatro e 12 anos. Em relação a abolição violenta do Estado democrático de direito, são quatro a oito anos. A formação de organização criminosa tem pena entre três e oito anos.

A PF ainda publicou nota dizendo que “as provas foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo poder Judiciário.”.

Envolvimento de Bolsonaro

De acordo com o relatório da PF, o ex-presidente Jair Bolsonaro redigiu e ajustou a chamada “minuta do golpe”. Esse seria o decreto que previa a intervenção no Poder Judiciário para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro ainda é acusado de ter se reunido com o general Estevam Cals Theofilo, então comandante do Exército Brasileiro, em dezembro de 2022 para organizar o apoio dos militares ao golpe de Estado.

Os indiciados

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros
  • Alexandre Castilho Bitencourt Da Silva
  • Alexandre Rodrigues Ramagem
  • Almir Garnier Santos
  • Amauri Feres Saad
  • Anderson Gustavo Torres
  • Anderson Lima De Moura
  • Angelo Martins Denicoli
  • Augusto Heleno Ribeiro Pereira
  • Bernardo Romao Correa Netto
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
  • Carlos Giovani Delevati Pasini
  • Cleverson Ney Magalhães
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira
  • Fabrício Moreira De Bastos
  • Filipe Garcia Martins
  • Fernando Cerimedo
  • Giancarlo Gomes Rodrigues
  • Guilherme Marques De Almeida
  • Hélio Ferreira Lima
  • Jair Messias Bolsonaro
  • José Eduardo De Oliveira E Silva
  • Laercio Vergilio
  • Marcelo Bormevet
  • Marcelo Costa Câmara
  • Mario Fernandes
  • Mauro Cesar Barbosa Cid
  • Nilton Diniz Rodrigues
  • Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho
  • Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira
  • Rafael Martins De Oliveira
  • Ronald Ferreira De Araujo Junior
  • Sergio Ricardo Cavaliere De Medeiros
  • Tércio Arnaud Tomaz
  • Valdemar Costa Neto
  • Walter Souza Braga Netto
  • Wladimir Matos Soares

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