Dia a dia
Bolsonaro e ex-ministros são alvos de operação da Polícia Federal
Entre os acontecimentos do dia, agentes federais dirigiram-se à residência de Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ) com o objetivo de recolher seu passaporte
A Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira (08) uma operação contra uma suposta organização criminosa que teria tramado um golpe para manter Jair Bolsonaro na Presidência da República. A ação envolveu diversos alvos, incluindo o próprio ex-presidente, e resultou em mandados de busca e apreensão, prisões preventivas e medidas cautelares.
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Entre os acontecimentos do dia, agentes federais dirigiram-se à residência de Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ) com o objetivo de recolher seu passaporte. Contudo, o documento não foi encontrado no local, levando à determinação de um prazo de 24 horas para a entrega. Além disso, o celular de Tércio Arnaud Thomaz, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi apreendido durante a operação.
Dentre os presos na operação estão o coronel Marcelo Costa Câmara e Filipe Martins, ambos ex-assessores do ex-presidente, assim como Rafael Martins de Oliveira, major do Exército. Também estão na mira da Polícia Federal ex-ministros de Bolsonaro, como Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
O ex-ministro Anderson Torres, que já respondia no Supremo Tribunal Federal por suspeitas de conivência e omissão com os atos do dia 8 de janeiro, foi preso durante a operação. Essas acusações resultaram em quase quatro meses de prisão para Torres.
A operação contou com a execução de 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares. O Exército acompanhou o cumprimento de alguns desses mandados, com quatro generais quatro estrelas entre os alvos.
Dentre as medidas cautelares impostas está a proibição de contato entre os investigados, a entrega dos passaportes em até 24 horas e a suspensão do exercício de função pública. A Polícia Federal realizou ações em diversos estados brasileiros, incluindo Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal.
De acordo com a PF, o grupo investigado se dividiu em núcleos para disseminar informações falsas sobre fraude nas eleições de 2022, antes mesmo da realização do pleito, com o objetivo de “viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.
O primeiro eixo desse plano consistiu em construir e propagar a narrativa de fraude nas eleições, disseminando mentiras sobre vulnerabilidades no sistema eletrônico de votação. Segundo a PF, esse discurso vem sendo repetido pelos investigados desde 2019 e continuou mesmo após a vitória do presidente Lula.
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