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Advogada vira alvo de operação contra facção criminosa em Vila Velha

Mandados foram cumpridos nesta sexta (1º) contra grupo ligado ao PCV; ordens vinham de dentro de presídios

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Policiais se reúnem no Quartel do Comando de Missões Especiais, em Vitória, antes do início da Operação Telic, que mira facção criminosa em Vila Velha

Policiais se reúnem no Quartel do Comando de Missões Especiais, em Vitória, antes do início da Operação Telic, que mira facção criminosa em Vila Velha. Foto: Divulgação

Uma advogada foi alvo de mandado de busca e apreensão durante a Operação Telic, deflagrada na manhã desta sexta-feira (1º) contra integrantes de uma facção criminosa que atua em Vila Velha. A investigação aponta que o grupo, ligado ao Primeiro Comando de Vitória (PCV), usava familiares e advogados para repassar ordens vindas de dentro de presídios.

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A ação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), com apoio da Polícia Militar. Ao todo, foram expedidos nove mandados de prisão temporária e 35 de busca e apreensão em Vila Velha e Cariacica.

Investigação aponta atuação de advogada

Segundo o MPES, a advogada alvo da operação teria envolvimento com o núcleo responsável por transmitir mensagens estratégicas entre os chefes da facção e os executores dos crimes. O cumprimento do mandado no endereço da investigada foi acompanhado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), como determina a legislação.

Além da advogada, a operação mira outros integrantes do grupo, suspeitos de envolvimento em crimes como tráfico de drogas, porte ilegal de armas e assassinatos na região da Grande Terra Vermelha.

Facção usava familiares e advogados para repassar ordens

As investigações apontam que parte das ordens para execuções e outras ações criminosas saíam de dentro de unidades prisionais do Espírito Santo. Por meio de familiares e advogados, os comandos chegavam a um núcleo externo, encarregado de monitorar as ações policiais e organizar os ataques.

De acordo com o MPES, o grupo criminoso possui uma estrutura definida e opera de forma coordenada. As informações levantadas indicam a existência de planejamento detalhado, com divisão de tarefas entre os membros da facção.

Ação envolveu mais de 200 agentes de segurança

Mais de 200 policiais militares participaram da operação, que mobilizou o Batalhão de Missões Especiais (BME), o Batalhão de Ações com Cães (BAC), a Polícia Ambiental e forças táticas de diversas companhias da Grande Vitória.

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos celulares, documentos, computadores e outros materiais que serão analisados para aprofundar as investigações. Segundo o MPES, a meta é identificar todos os envolvidos e mapear as ramificações da facção.

Operação continua nos próximos dias

Com base nas apreensões realizadas nesta sexta, o Gaeco e as forças de segurança devem seguir com novas diligências nos próximos dias. A expectativa é que os materiais coletados contribuam para a identificação de outros integrantes do grupo e para o bloqueio de canais de comunicação utilizados pelos criminosos.

A operação Telic é mais uma etapa no esforço das autoridades capixabas para combater o avanço de facções criminosas em áreas de vulnerabilidade social e reduzir os índices de homicídios no Espírito Santo.

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