Adolescente que salvou irmã de afogamento morre no Sul do ES

Gabriel dos Santos Rangel morreu após passar quase uma semana internado em estado grave. Foto: Reprodução

O gesto heróico de um adolescente capixaba comoveu o Espírito Santo. Gabriel dos Santos Rangel, de 15 anos, morreu após passar quase uma semana internado em estado grave. Ele se afogou no último domingo (12) ao salvar a irmã, que estava sendo arrastada pela correnteza na Praia do Xodó, em Marataízes, no litoral Sul do estado.

Gabriel era natural de Cachoeiro de Itapemirim e estava na praia com a família. Quando percebeu que a irmã corria risco no mar, não pensou duas vezes: entrou na água e conseguiu trazê-la de volta à areia. Mas, em seguida, foi puxado pela correnteza e submergiu.

Praia não tinha guarda-vidas de plantão

A Praia do Xodó, onde ocorreu o acidente, não possui posto ativo de guarda-vidas, de acordo com o Grupamento de Salvamento Aquático de Marataízes. A ausência de monitoramento em tempo integral pode ter dificultado a resposta imediata.

Gabriel foi resgatado em estado gravíssimo, classificado como grau 6 de afogamento — o mais severo da escala. Ele estava sem pulso e sem sinais vitais quando foi retirado da água, mas os socorristas conseguiram reanimá-lo.

Equipes lutaram para salvar o adolescente

A operação de resgate contou com atuação conjunta de guarda-vidas, SAMU, Guarda Civil Municipal (ROMU) e Corpo de Bombeiros. Após os primeiros socorros na areia, o adolescente foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Marataízes.

Na unidade, Gabriel teve o pulso restabelecido após intenso esforço da equipe de enfermagem. Ele foi então transferido para o Hospital Infantil Francisco de Assis (HIFA), em Cachoeiro, onde ficou internado na UTI até a confirmação de sua morte nesta sexta-feira (18).

Comoção e homenagens

A morte do jovem gerou forte comoção nas redes sociais, com inúmeras mensagens destacando sua coragem e espírito altruísta. Gabriel foi descrito por familiares e amigos como um menino doce, que deu a vida pela irmã.

Moradores de Cachoeiro e Marataízes chegaram a organizar correntes de oração durante os dias de internação. Agora, o sentimento é de luto, mas também de reconhecimento por um ato de amor que salvou uma vida — ao custo de outra.

 

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