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Dia a dia

Adolescente do ES se automutilava ao vivo em grupo de cyberbullying

O grupo era responsável ainda por incentivar suicídio, tortura contra animais e ataque à pessoa em situação de rua

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A Operação cyberbullying foi feita pela Polícia Civil do Espírito Santo. Foto: Divulgação (PCES)

Uma adolescente de 15 anos, moradora do município de Serra, foi vítima de um grupo formado na internet para práticas de automutilação, incitação ao crime, corrupção de menores e organização criminosa. A investigação faz parte da Operação Cyberbullying, realizada pela Polícia Civil do Espírito Santo em conjunto com o Rio de Janeiro e São Paulo. 

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De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade, a menor foi identificada após um relatório enviado pelo Ministério da Justiça. 

O grupo de cyberbullying, que tinha diversos integrantes no país, também promovia prática de extorsão, sexo e ataques às escolas. Além disso, as investigações apontavam que a próxima ação criminosa era colocar fogo em uma pessoa em situação de rua em São Paulo e transmitir o crime ao vivo para os demais integrantes. 

Entre os membros, eram compartilhadas fotos de pessoas mutiladas e também tortura com animais. Segundo o delegado, a adolescente capixaba entrou no grupo e era incentivada por meio de chamadas ao vivo a promover automutilação e escrever no corpo com gilete as iniciais da organização criminosa. 

“Ela foi conduzida à delegacia, junto com os pais. Foi ouvida, confirmou os fatos e tinha vários cortes pelo corpo. Depois foi encaminhada para o DML para fazer exames”, explicou Andrade.  

Ele fez um alerta aos pais: “Os pais precisam ficar atentos. A menor foi ouvida na nossa unidade e os pais falaram genericamente que ela estava fazendo tratamento psicológico, mas não tinham muita noção da realidade. Você vê claramente que estava perturbada”.

O grupo estava atuando desde outubro de 2023, mas as investigações começaram somente no mês passado. Durante a operação, uma mulher de 33 anos foi presa no Rio de Janeiro e apontada como a responsável por incentivar os participantes a cometer os atos criminosos.  

Ela é acusada também de manter um relacionamento amoroso com outro integrante de 15 anos. Outros dois indivíduos de São Paulo estão foragidos. Pelo menos quatro adolescentes também faziam parte do grupo e estão sendo investigados. 


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