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Dia a dia

Assédio no Carnaval: saiba o que pode e não pode na hora da paquera

É no Carnaval que aumentam os casos de violência contra a mulher

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No Carnaval cresce o número de assédio contra as mulheres. Foto: Divulgação


No próximo sábado (18) começa oficialmente o carnaval, uma data onde as pessoas estão dispostas a curtir com alegria o feriado prolongado.

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Mas é nessa época do ano que aumentam consideravelmente os casos de violência contra as mulheres.

Apesar de várias campanhas educativas que mostram até onde é paquera e quando a azaração vira assédio, muitos homens acabam extrapolando os limites e cometendo violência durante o carnaval.

E são principalmente nos desfiles de blocos, quando há grande concentração de pessoas, que os casos de assédios são mais comuns.

Um dos mais cometidos contra as mulheres é puxão de cabelo, pegar pelo braço e encurralar para beijar a força.

Também é considerado assédio quando o homem acha que a fantasia em que a mulher está usando é um convite sexual.

Uma paquera acontece com consentimento de ambas as partes: é uma tentativa legítima de criar uma conexão com alguém que você conhece e estima.

Paquera não deve causar medo, nem angústia. Logo, é fundamental saber aceitar um “não” como resposta.

A secretária estadual de Direitos Humanos, Nara Borgo, afirmou que nessa época é importante relembrar algumas regras para não estragar a diversão.

A secretária Nara Borgo defendeu um carnaval sem assédio e com muito respeito. Foto: Divulgação

“No carnaval pode alegria, diversão, brincadeira, mas não pode ultrapassar o limite do corpo da outra pessoa. Todo corpo é único e merece respeito. Assédio é crime e o que a gente espera é um carnaval de alegria e muito respeito”, reforçou.

Veja o que pode e não pode para evitar assédio

Não pode:

– Puxar pelo cabelo, segurar pelo braço, segurar pela cintura e forçar beijo.

– Puxar pela fantasia ou usar palavras ofensivas, com teor sexual ou achar que roupa curta é um convite para a pegação 

– Xingar, agredir, usar palavras vulgares ou ofensivas que provoquem constrangimento

– Insistir em um contato físico sem autorização. Lembre-se que não é não e qualquer coisa que passe disso é assédio.

Pode:

– Puxar conversa e perguntar se quer dançar.

– Elogiar a fantasia, dizer que está bonita, destacar a criatividade, brincar com a fantasia.

– Elogiar a maneira como a pessoa dança, a roupa, o cabelo e a maquiagem

– Pode pedir beijo. Mas se a resposta for não, se afaste e siga o baile

O que fazer se for vítima ou presenciar assédio

1 – A mulher que for vítima de crime contra a dignidade sexual não deve se calar. Se o crime estiver ocorrendo naquele momento, acione a Polícia Militar (PMES) pelo Ciodes 190, pois o autor poderá ser preso em flagrante. Se não for possível acionar a polícia imediatamente, a vítima deve procurar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher do município onde ocorreu o fato ou o Plantão Especializado da Mulher, que fica em Vitória e funciona 24 horas, para registrar o Boletim de Ocorrência, que vai dar início a uma investigação.

2 – Caso seja vítima de importunação sexual em espaços acessíveis ao público, como ônibus, shows, festas e blocos de carnaval, faça valer o seu direito e peça apoio e ajuda aos profissionais responsáveis, de algum modo, por resguardar a integridade, a exemplo de agentes de segurança em festas privadas. Em eventos e blocos de rua, por exemplo, acione policiais que estiverem no local. Em transportes coletivos, os motoristas e cobradores. Não deixe de acionar a PMES, por meio do Ciodes 190. 

3 – Caso testemunhe alguma cena de importunação sexual em espaço público, intervenha, se posicione, auxilie a vítima de forma que não coloque em risco a sua segurança pessoal e a dos envolvidos. Somente com o compromisso de toda a sociedade, seremos capazes de desconstruir velhos padrões machistas. Acione a Polícia por meio do Ciodes 190.