Cult
Marco Luque traz a Vitória personagens de sucesso
Comediante apresenta, dia 7, o espetáculo “Todos Por Um”, reinterpretando personagens de sua carreira que fizeram sucesso com o público
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Marco Luque está de volta aos palcos. Foto: Pedro Dimitrow
Um motoboy, uma diarista, um hippie que diz amar os animais e um taxista que não larga mão do visual dos anos 1970. Queridos pelo público, esses são alguns dos personagens que o comediante Marco Luque traz na bagagem e reinterpreta no espetáculo “Todos Por Um”, que chega para uma exibição única no próximo sábado, dia 07, às 20h, no Na Vista, novo espaço de eventos e shows na Enseada do Suá, em Vitória. Longe dos palcos por três anos, Jackson Faive, Mary Help, Mustafáry (quem não lembra do cachorro Serumaninho?) e Silas Simplesmente contam suas hilárias façanhas, encabeçados pela versatilidade de um dos humoristas mais plurais do país. A seguir, Marco Luque detalha como criou os seus personagens, no que ele se inspirou, além de revelar algumas novidades para o show em terras capixabas.
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Jackson Faive, personagem que conta histórias de vida de um motoboy paulista. Foto: Pedro Dimitrow
Por que você manteve esses personagens por tanto tempo longe dos palcos?
Eu gosto de experimentar coisas novas. Meu último show de personagens foi o “1, 2, 3 Testando…”, em 2017. Depois, no mesmo ano, voltei aos palcos com o “Tamo Junto”, que era no formato de stand-up – só eu ali, de cara limpa nos palcos. Hoje acho importante fazer esse revezamento para poder criar coisas novas e me reinventar.
E por que os trouxe de volta?
Semanalmente, venho me apresentando com eles no “Altas Horas” (programa de televisão da Rede Globo) e o retorno e carinho do público têm sido muito bom. Por isso, decidi fazer o “Todos Por Um”, pois senti que era hora de presenteá-los com um novo show.
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Mustafary é o personagem hippie de Marco Luque que exalta, de forma bem humorada, questões ambientais. Foto:
Como foi a seleção dos personagens para você encenar no palco do novo espetáculo?
A seleção se deu de forma natural. Trouxe os mais conhecidos do público, como o Jackson Faive, a Mary Help, o Silas Simplesmente, o Mustafary e o Ed Nerd. Além disso, queria dar oportunidade de mais alguns personagens estrearem nos palcos. Decidi trazer o Charles Charlaton, que é um mágico – para que eu pudesse trazer ainda mais interação com o público — e o Sylver, que é um blues man.
Outra coisa interessante no show são esses truques de mágica. Quando a ideia surgiu?
Um dos meus personagens, o Charles Charlaton, é um mágico argentino. Bem charlatão, inclusive, como o próprio nome diz. Quando decidi trazê-lo aos palcos, seria essencial colocar os números de mágica na peça. Fiz o curso profissionalizante com o mágico Vitor Hugo e consegui incorporar isso ao roteiro. O resultado está incrível!
Quais são as semelhanças entre as histórias deles?
As histórias deles não se cruzam entre si, mas rola uma identificação com o público. Cada um dos meus personagens faz com o que a plateia se identifique ou se lembre de alguém que conheça. Seja pelo trejeito, pela forma de se expressar ou até mesmo pelas reflexões que trazem. Todos eles têm discursos atuais e que, de alguma forma, ensinam algo para as pessoas.
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Silas Simplesmente é um taxista cheio de humor e personalidade. Foto: Pedro Dimitrow
E como fugir dos estereótipos?
Gosto muito de observar as pessoas ao meu redor. Em meu processo de criação, procuro trazer características que acho interessante e vou alinhando com trejeitos, alterações vocais, até achar o tom certo. O povo brasileiro é muito rico em cultura e expressões. Tento trazer um pouco deles para meus personagens, colocando um pouco de mim em cada um deles também.
Isso tem a ver com o politicamente correto, certo? Qual é a sua relação com o assunto?
Como humorista, procuro me policiar quando o assunto é o politicamente correto. Gosto de caminhar por uma zona mais leve, longe de polêmicas. Acho que o humor está ali para isso, para te fazer rir e esquecer, ainda que por um instante, os problemas. Cada humorista sabe dos seus limites, e isso é algo que procuro ficar distante.
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Mary Help é a personagem de uma diarista que faz humor com o dia a dia da sua profissão. Foto: Pedro Dimitrow
Você se dedica ao teatro e ainda possui projetos na televisão, no cinema, tudo ao mesmo tempo… Como é conciliar isso tudo?
Costumo conciliar todas as oportunidades. Mas, claro que nem sempre dá. Atualmente estou em cartaz com a peça, no ar no “Altas Horas” e gravei a série “Eu, a Vó e a Boi”, que estreará em breve na GloboPlay. É puxado, mas tem dado certo! Quando trabalhamos com o que gostamos, tudo flui.
Depois de tanto tempo, ainda é preciso recorrer ao improviso?
Às vezes ainda acontece. Apesar de anos de carreira, cada estreia, cada show é uma novidade e um momento diferente.
Se você precisasse citar apenas dois, quais são os personagens favoritos do público?
Difícil dizer! Sinto que todos eles são muito queridos, mas talvez o Jackson Faive e a Mary Help, ou o Mustafary, sejam os que o público sinta maior afeição.
Espetáculo “Todos Por Um”, de Marco Luque
Quando: dia 07 de de dezembro, às 20h;
Onde: na casa de espetáculo e shows Na Vista. Endereço: rua Judite Maria Tovar Varejão, S/N – Enseada do Suá, Vitória.
Ingressos: R$ 45 (setor verde/meia-entrada); R$ 25 (setor amarelo/meia-entrada); R$ 45 (setor especial/cadeirantes). Disponíveis no site Superticket ou em pontos de venda.
Mais informações: (27) 3376-0933.
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