Cult
Conheça Oswaldo Nogueira, vencedor do festival Toca Que Eu Te Escuto
A disputa teve duração de cinco meses e contou com a participação de 32 compositores e cantores brasileiros de diversos gêneros musicais
O cantor e compositor gaúcho Oswaldo Nogueira, 45, morador do Espírito Santo há 40 anos, foi o vencedor da segunda edição do festival carioca de música autoral Toca Que Eu Te Escuto. A segunda edição do evento, criado pela produtora cultural e ex-BBB Cris Mota, aconteceu em formato virtual por conta da pandemia do novo coronavírus. O concurso teve a participação de 32 artistas de diferentes gêneros musicais. Oswaldo, que tem o rock and roll como matriz, já se aventurou pelas vertentes do blues, dark country e folk.
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A disputa teve duração de cinco meses e contou com a a participação de compositores e cantores brasileiros de reggae, samba, rock, blues e heavy metal. A curadoria foi feita por Rafael Galhardo, guitarrista da banda de reggae ‘Ponto de Equilíbrio’. Entre as vagas, duas foram reservadas para ingresso por voto popular, caminho que levou Oswaldo à competição.
O gaúcho, capixaba de coração, conta que zapeava pelo Instagram quando se deparou com as inscrições para a segunda temporada do festival. Após entrar em contato com a produção e encaminhar a documentação necessária, começou a mobilizar os amigos e familiares para ingressar.
“Comecei a aquecer meu círculo de contatos e entrei. Tive uma reconexão com muitos amigos de infância que me ajudaram naquele momento”, comenta. O voto popular, além de ter sido a porta de entrada para o artista, foi uma ferramenta usada para desempatar e definir alguns duelos.
“Tive duelos muito acirrados. Quando eu via que estava perdendo já mandava o link para votação nas redes sociais”, conta. Oswaldo chegou a ter quase 3.000 votos em apenas uma disputa.
Mas nem só de apoio popular viveu o músico na competição. As regras do concurso permitiam ao participante tocar qualquer música autoral, desde que a versão fosse diferente da lançada. Quem tinha feito algum clipe na pandemia também poderia usá-lo.
Oswaldo conversou com seu produtor e conseguiu gravar um clipe a tempo de usar no festival. Ele escolheu “Estrada”, canção “que esbarrava mais no rock” e que tinha acabado de ser lançada.
Não satisfeito, o músico ainda presenteou a realizadora do festival com a musica oficial do evento.
“Ainda na primeira fase, a Cris montou um grupo no whatsapp com todos os participantes daquela temporada. Ali eu fiz vários parceiros musicais e surgiu a idéia do jingle”, relata o músico, que já tinha uma música tema em mente quando decidiu procurar a realizadora.
“Eu estava com um jingle pronto na cabeça. Falei com meu produtor e instantaneamente presenteei a Cris e mandei no grupo,” conta.
Para o músico, participar do festival foi a realização de um desejo que tinha de poder tocar novamente. “Eu finalmente podia dizer que estava musicalmente feliz na pandemia, tanto por ter sido selecionado para o festival, quanto por poder fazer música ao vivo novamente, sem contar que foi um aprendizado muito grande.”
Trajetória
Filho de compositor, de mãe mineira e pai carioca, o gaúcho veio para Vitória aos 5 anos de idade e sempre esteve ligado à musica. “Minha família sempre esteve conectada com a musica, eu cresci nesse meio. A gente ia pra escola, estudava musica, voltava pra casa e tinha música o tempo todo”, lembra o músico.
Oswaldo tocava e cantava com os irmãos mais velhos desde pequeno, mas entrou no mundo profissional na adolescência, quando os irmãos o convidaram para ser guitarrista de uma banda de formatura. “Meus irmãos também tocam e cantam muito bem. Tinham a banda Elos. Quando fiz 15 anos, eles me convidaram pra ser guitarrista.”
Com o fim da banda, o músico seguiu em frente sozinho. Na base da “voz e violão”, tocava em bares de Vitória os sucessos da rádio da época e fazia tributos para os grandes nomes da música brasileira.
“Tinha gente que só ia pra ouvir meus tributos de Zé Ramalho, Alceu Valença. Depois disso seguia com o fluxo de rock and roll, Legião (Urbana), Marisa Monte, Lulu Santos, Rita Lee, Barão Vermelho e por aí vai.” explica Oswaldo.
Depois de encantar com os tributos, foi em festivais e concursos que o cantor percebeu que tinha vontade de escrever. “O autoral é uma identidade muito forte pro músico. Tocar cover é muito legal, é um prazer maravilhoso. Tributo a mesma coisa, mas o autoral mexe muito comigo. É o caminho mais difícil e é o que te leva mais longe.”
Em abril de 2019, Oswaldo lançou “Deixa Ser”, juntamente com o produtor Felipe Gama, dando início a um trajeto que daria vários frutos.
“Depois de ‘Deixa Ser’ comecei a fazer as variações de rock que me definem hoje. A música ‘Ida’ foi outro estouro, produzido por Ricardo Cachalote. Depois dela eu fiz ‘Neste Trem’, uma balada de rock com pegada country e por fim cheguei no blues com ‘Santa Quarta'”, conta o músico.
Para este mês, o artista pretende lançar o segundo EP, seguindo a vertente blues rock de ‘Santa Quarta’, “com mais ardência nos vocais e guitarra”.
Para o músico e muitos outros, o rock and roll não é mais o gênero de maior sucesso nas rádios, mas também não morreu. “Eu não acho que o rock acabou, acho que tudo é cíclico. Acho que o festival Toca Que Eu Te Escuto é um ótimo exemplo disso: entre 32 fortes artistas de gêneros diferentes o vencedor foi o rock”, finalizou o artista.
As inscrições para a terceira temporada do Festival Toca Que Eu Te Escuto estão abertas até o dia 28.
Canais
Instagram @FestivalTocaQueEuTeEscuto
Site oficial do Festival Toca Que Eu Te Escuto
Youtube/OswaldoNogueira
Instagram @oswaldonogueira
Spotify
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