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Cult

Artista capixaba tenta vender disco nos semáforos da Grande Vitória

Figura carimbada do carnaval capixaba, Kléber Simpatia busca angariar fundos nos sinais de trânsito da região metropolitana

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Desde o início de agosto, o artista Kleber Simpatia distribui seu disco pelos sinais de trânsito. Foto: Arquivo Pessoal

Engavetado há mais de quatro anos, o disco “Kaloptus – O meu samba é assim”, do cantor e intérprete do carnaval capixaba Kleber Simpatia, começou a ganhar as ruas da Grande Vitória durante este período de pandemia. E não só no sentido figurado. Desde o início de agosto, o sambista vai até os sinais de trânsito da região metropolitana para tentar vender o álbum, que também está disponível nas plataformas de streaming Spotify e Deezer.

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Normalmente aos finais de semana, ele passa cerca de duas horas em semáforos de Vitória e Vila Velha explicando aos motoristas o seu projeto e distribuindo alguns exemplares. “Toda vez que entrego algum disco na mão de alguém, espero que a pessoa pelo menos leia. Mas se ela achar que deve contribuir, aceito apenas o dinheiro que puder dar, nada a mais”, explica.

No início, Kleber conta que as pessoas não entendiam o motivo da abordagem, pois o tempo no sinal é curto e o fantasma da covid-19 prejudicava o contato cara a cara. Dias depois, decidiu colar um adesivo com instruções no CD e começou a presentear as pessoas, esperando a contribuição de quem quisesse ajudar.

Sem fazer apresentações há mais de quatro meses por causa da pandemia, Kleber teve que vender os CD’s para angariar fundos. “Kaloptus” é um disco produzido em 2015, na capital, com o incentivo da Lei Rubem Braga, mas que estava parado desde então por falta de recursos. “Durante todo o tempo em que fiquei isolado, pensei em como colocá-lo no mundo e daí surgiu a ideia de ir às ruas. Precisamos sempre nos reinventar, e essa foi a forma que encontrei”, afirma o músico.

Faixas

CD contém 12 faixas e pode ser adquirido por um valor simbólico. Foto: Arquivo Pessoal

“Kaloptus – O meu samba é assim” traz 12 faixas, sendo oito autorais e totalmente capixabas. Entre as músicas, destacam-se “Babilônia da Sé”, que fala sobre o direito que cada um tem de escolher sua religião; “Mãezinhas Queridas”, cuja letra relembra as mulheres da vida do artista, além da faixa que dá nome ao disco, tratando sobre a falta de amor entre as pessoas.

“Fiz a ‘Kaloptus’ há muitos anos, mas ela coincide com o momento que estamos passando na pandemia. As pessoas não estão se comunicando mais, tudo está acelerado e o amor está ficando para trás. É uma mensagem sobre como devemos ter mais respeito e confiança uns pelos outros”, defende.

Figura carimbada do carnaval capixaba, Kleber Simpatia já foi intérprete das escolas de samba Imperatriz do Forte São João, de 2004 a 2006; da Jucutuquara, por mais de 10 anos e, hoje, está na escola Novo Império, da Grande Santo Antônio.

Quem quiser adquirir um disco do artista, pode procurar Kleber no Instagram ou Facebook para combinar a entrega. O valor de contribuição é opcional.


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