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Coluna André Andrès

Veja quais foram os vinhos servidos na festa da posse de Lula

Sobrou nacionalismo, mas faltou diversidade na celebração da posse do novo presidente da República

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Como era de se esperar, os vinhos servidos na festa da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram todos nacionais. É um modo de valorizar a produção nacional e mostrar para as delegações estrangeiras a boa qualidade alcançada pelos nossos vinhos. As apostas foram corretas. Foram servidas garrafas de espumante brut, sempre um coringa para qualquer tipo de evento. Como se sabe, espumantes conseguem a proeza de combinar com camarão e carne de porco. Por isso, ele acompanhou muito bem a casquinha de castanha com farofa de licuri, o crispy de carne de sol nas natas sobre torradinhas ou bolinho de piracuí. Os pratos foram preparados por vários chefs, entre eles Bela Gil, Paulo Machado e Nara Amaral.

Além do espumante foram servidos um tinto e um branco. E aí uma pequena observação: a Open House, empresa carioca responsável pelas recepções do governo, poderia ter diversificado um pouco mais a origem dos vinhos. O Brasil, hoje, tem produções de ótima qualidade em várias partes do país. Vinhos produzidos em Santa Catarina, Minas Gerais ou São Paulo hoje rivalizam nas competições com aqueles saídos de terras gaúchas. Fora esse detalhe, os vinhos são muito bons, de preços acessíveis. E o brilho ficou com a Casa Valduga, fornecedora de dois dos rótulos oferecidos aos 3 mil convidados. Confira abaixo os vinhos da recepção:

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ESPUMANTE CASA VALDUGA ARTE BRUT
Espumante Casa Valduga Arte Brut – Espumante feito com a mescla clássica de Chardonnay (60%) e Pinot Noir (40%). Produzido no Vale dos Vinhedos (RS) pelo método champenoise pela Casa Valduga, uma das mais tradicionais e estruturadas vinícolas nacionais. É um espumante leve, bem refrescante, pérlage consistente. E muito festivo. Perfeito para celebração.
Quanto custa: em torno de R$ 80
Onde comprar: em vários pontos de venda

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VINHO CASA VALDUGA TERROIR CABERNET SAUVIGNON
Casa Valduga Terroir Cabernet Sauvignon
– A linha Terroir, da Casa Valduga, é uma reunião de rótulos de alta qualidade (o Chardonnay, por exemplo, é delicioso). O Terroir Cabernet Sauvignon amadurece oito meses em barris de carvalho francês. Ele busca traduzir a combinação do solo, relevo, fruta, clima e ação do homem (a isso se dá o nome de terroir) da região de Campanha (RS), onde é produzido. vinho equilibrado, potente, com boa capacidade de guarda, podendo ser provado de seis a oito anos após sua safra.
Quanto custa: em torno de R$ 90
Onde comprar: em vários pontos de venda

VINHO CASA HERMANN MATIZ ALVARINHO

Casa Hermann Matiz Alvarinho – A vinícola Hermann ganhou notoriedade por conta de seus espumantes incomuns. O Lírica Crua, por exemplo, não passa por um dos processos de produção de espumantes, o degorgement, e é feito sem expulsão das leveduras. Por conta disso, a garrafa não é fechada com a rolha típica da bebida, mas com uma prosaica tampinha de alumínio. No entanto, a produção em Pinheiro Machado, na Serra do Sudeste, vai muito além dos espumantes. A família Hermann está no mundo dos vinhos há tempos: é dona de uma das maiores importadoras do país, a Decanter. A vinícola trouxe de Portugal o enólogo Anselmo Mendes, especialista em Alvarinho, casta de muito sucesso em terras portuguesas e espanholas. O resultado desse trabalho está no Matiz. Inicialmente, o branco não seria servido. Mas como faz muito sucesso em recepções do Itamaraty, acabou entrando na festa.
Quanto custa: em torno de R$ 120
Onde comprar: sites especializados


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André Andrès

Há mais de 10 anos escrevo sobre vinhos. Não sou crítico. Sou um repórter. Além do conteúdo da garrafa, me interessa sua história e as histórias existentes em torno dela. Tento trazer para quem me dá o prazer da sua leitura o prazer encontrado nas taças de brancos, tintos e rosés. E acredite: esse prazer é tão inesgotável quanto o tema tratado neste espaço.

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