O que você faz quando está do lado errado da história?

As redes sociais hoje funcionam basicamente como um palanque virtual. Nós expomos nossas ideias e, consequentemente, a nós mesmo o tempo todo. E é aí que entra o problema de ser uma figura pública e ter muitos seguidores. O que você pensa e expressa toma enormes proporções em pouco tempo.

Pois bem. As redes sociais estão cheias de militantes das mais diversas causas, que lutam por um futuro melhor e mais justo para todos, normalmente defendendo os interesses de uma minoria. Quando o famoso diz algo que vai de encontro ao pensamento dessas pessoas, ele é exposto e isso gera grandes discussões, tendo até que a personalidade ir a público para se explicar (o que geralmente piora a situação).

Não sei você, leitor, mas eu não conheço nenhum famoso intimamente a ponto de qualquer polêmica me afetar diretamente, mas o fato de gostar do trabalho dele significa, para os que pensam diferente, que você também está errado. É uma espécie de boicote virtual. “Vamos dar uma lição nele(a) onde mais vai doer: a fama e fortuna”.

Só que existe o fã, que acompanha o trabalho, segue as redes sociais e quer saber de tudo sobre o artista e existem aqueles que colocam o artista em um altar e consideram-no alguém realmente especial e diferente dos demais.

Defender alguém que se gosta é tão natural quanto piscar ou tomar um susto a cada fatura do cartão de crédito (escrever perto do período de pagar as contas dá nisso). Existe até uma expressão para isso, que é “passar pano”.

O ato de passar pano para alguém é bastante literal: a pessoa fez uma “sujeira” e outra pessoa vem para limpar. Neste caso, o que precisa ser limpa é a “barra” de quem fez a besteira.

O episódio de hoje do Dudecast trata justamente daquelas pessoas que para nós, por mais que façam alguma besteira, têm um “crédito” na praça. (Olha eu falando de crédito novamente).