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Monopólios e seus benefícios para o desenvolvimento tecnológico

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Foto: Reprodução

Por Antônio Paulo Bazzarella de Castro Silva 

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Somos condicionados a pensar que os monopólios são maléficos à sociedade, e por senso comum, empresas monopolistas são aquelas empresas que dominam o mercado, não possuem concorrentes, e podem fixar o preço de seus produtos como bem definirem, optando, portanto, por uma combinação de preço e quantidade que maximize seus lucros.

Enquanto isso, no livre mercado ou no mercado de concorrência, a oferta do produto atende a demanda dos consumidores. O preço é determinado pelo mercado, uma vez que as barreiras de entradas são pequenas ou inexistentes; e caso uma empresa verifique uma oportunidade de ganhar dinheiro, ela entrará no mercado, aumentará a oferta, e fará com que os preços caiam. Os mercados de concorrência perfeita tendem, assim, a minimizar ou zerar o lucro econômico das empresas no longo prazo.

Dessa forma, na ótica do consumidor e dos economistas, o melhor cenário será sempre o de concorrência perfeita em detrimento do mercado em que existem monopolistas, pois é somente nele que é possível definir o preço e a quantidade de produto a ser produzido com base na demanda e oferta do mercado, visando sempre o melhor retorno tanto às empresas quanto para o consumidor.

Porém, quando analisamos a ótica do desenvolvimento de novas tecnologias, o viés deve ser invertido tanto para os monopólios quanto para os mercados de concorrência perfeita.

Pether Thiel, famoso empreendedor do Vale do Silício, cita em seu livro “De Zero a Um” que “os capitalistas idealizam a concorrência e acham que ela nos salva de um mundo socialista. Porém na verdade capitalismo e concorrência perfeita são opostos uma vez que o capitalismo tem por premissa a acumulação de capital, mas sob concorrência perfeita os lucros acabam desaparecendo no longo prazo”.

Peter enfatiza ainda que, se vivêssemos em um mundo estático no qual nada muda, os monopólios fariam sim jus a sua má reputação, pois eles seriam apenas um coletor de rendas, apurando lucros descomunais às custas da sociedade.

Mas como o mundo que vivemos é dinâmico, sendo possível inventar coisas novas e melhores, monopolistas criativos conseguem oferecer aos seus clientes mais opções de produtos e serviços, e muitas vezes criando novas categorias até então inexistentes, contribuindo a um mundo cada vez mais abundante.

Peter Thiel é bem preciso ao dizer que: “Os monopólios promovem o progresso porque a promessa de anos, ou mesmo décadas, de lucros monopolistas fornece um poderoso incentivo à inovação. Depois os monopólios podem continuar inovando porque os lucros permitem que façam planos de longo prazo e financiem projetos de pesquisa ambiciosos, com os quais as empresas prisioneiras da concorrência sequer podem sonhar”.

Cabe, no entanto, destacar que não são todos os monopolistas que conseguem oferecer aos seus clientes essa abundância. Empresas monopolistas, favorecidas por algum governo ou desonestas, não se enquadram nessa situação.

Sobre o autor

Antônio Paulo Bazzarella de Castro Silva. Foto: Divulgação

Antônio Paulo Bazzarella de Castro Silva é graduado em administração e ciências contábeis pela FUCAPE, empreendedor e atual Diretor Financeiro do IBEF academy.


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