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Darlan Campos

Guia de planejamento de Marketing Político Digital para campanha e mandatos parlamentares

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Marketing Político Digital para campanha e mandatos parlamentares. Foto: Reprodução

Marketing Político Digital para campanha e mandatos parlamentares. Foto: Reprodução

O marketing digital é uma tendência indiscutível. São diversos os campos que o utilizam atualmente, em infinitas maneiras de aplicação. Uma delas, que está em crescimento constante, é o marketing político digital. O grande trunfo da ferramenta é que ela pode ser usada a qualquer momento. Mas o sucesso nessa empreitada está ligado a construção de narrativa e reputação ao longo do tempo. Por isso, neste artigo, Darlan Campos, diretor executivo da República Marketing Político, fala sobre a importância de se antecipar à campanha e fazer a construção da imagem.

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As condições que antes garantiam uma boa reputação e popularidade são coisas do passado. Campanhas luxuosas, marqueteiros com poderes mágicos e as coligações partidárias perderam relevância e, de agora em diante, a estratégia por trás da comunicação precisa estar completamente alinhada a uma definição de uma narrativa consistente.

É importante manter os eleitores e a sociedade civil como um todo, informada a respeito dos esforços do mandatário eleito durante a sua atuação. A candidatura e o posicionamento dos candidatos e dos políticos já eleitos e empossados, são momentos que envolvem uma complexidade de informações que devem ser organizadas e orientadas constantemente.

Atualmente, houve uma profunda mudança na forma de produzir e consumir conteúdo na internet. Novas demandas que envolvem expectativas de eleitores, diálogo e projetos para atender cidadãos e a sociedades são diárias e devem ser acompanhadas pelos políticos também pelos meios digitais.

É fundamental que o indivíduo político mantenha o seu público próximo e informado durante as eleições e durante o mandato, caso eleito. É essencial manter os canais próprios de comunicação digital atualizados, com o objetivo de informar e dialogar com os cidadãos.

Por que usar o digital na política?

Eis uma pergunta que muitas vezes ouço de políticos, partidos e até a imprensa. Usar a internet na política se deve ao fato de que as pessoas estão na internet. O objetivo final é se conectar com as pessoas, passar a sua mensagem. O digital é meio e não fim.

Lições aprendidas nas eleições 2018 e 2020: a vez do digital

O marketing político digital, sempre deixa profundas lições a cada eleição, crise política e manifestação política por parte dos mandatários e da sociedade.

A boa campanha obedece etapas que necessitam tempo de trabalho: Construção de imagem, aderência e conversão. A maioria dos políticos ficaram aguardando as tardias convenções partidárias e a chegada do fundo eleitoral para efetivar sua atuação no ambiente digital. Definitivamente, não há milagres que se possa fazer com 45 dias de campanhas. A internet é uma ferramenta poderosa demais para ser usada apenas como uma acessório complementar.

Um dos aprendizados é a necessidade de criar conteúdos focado nos canais/redes, respeitando as características de cada uma. Não se transpõe a campanha política de rua (off-line) para o digital. Vídeos com cara de horário político, santinhos, feliz dia do pedreiro, fotos da carreata, etc. Este tipo de conteúdo não se impulsiona. O material digital deve ser pensado exclusivamente visando o targeting.

Ao compreender o comportamento do cidadão nas redes sociais e na internet como um todo e enxergando a evolução dos conteúdos, devemos lembrar que uma campanha digital qualitativa que impacte positivamente nas eleições e, posteriormente, no cotidiano político e social da sociedade não começa da noite para o dia.

É fundamental segmentar bem os públicos. Produzir conteúdos voltados a públicos e não somente para regiões. Os filtros do Facebook são poderosos o suficiente para que busquemos atingir o público exato consumir de um conteúdo premium, ao invés de gerar conteúdo genérico para cobrir uma ou poucas regiões.

Ao compreender o comportamento do cidadão nas redes sociais e na internet como um todo e enxergando a evolução dos conteúdos, devemos lembrar que uma campanha digital qualitativa que impacte positivamente nas eleições e, posteriormente, no cotidiano político e social da sociedade não começa da noite para o dia.

A grande lição das últimas campanhas, é o planejamento e a velocidade dos conteúdos. A campanha eleitoral deve seguir etapas contidas. O planejamento de uma campanha política envolve construção de imagem, aderência, conversão e estudos de comportamentos. Ela não pode ser feito em trinta dias ou em cima da hora.

Atenção para não transformar sua presença digital, apenas, num repositório para materiais impressos produzidos na campanha. Não reaproveite o material off-line para distribuição presencial para o conteúdo digital. Escanear o santinho impresso e colocá-lo numa rede social por exemplo, não funciona. Isso não é marketing político digital.

Ouça esse podcast do República Cast com um balanço das eleições 2020:


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Darlan Campos

Darlan Campos é Consultor em Marketing Político, professor, escritor e membro fundador do CAMP - Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político. Especialista em Marketing Político e Comunicação Estratégica, Diretor executivo da República Marketing Político (http://republicamarketingpolitico.com.br/). Autor de dois livros sobre a temática: ‘Nas ruas e nas redes – estratégias de marketing político’, publicado pela editora Soares/SP, lançado em 2017, e 'Marketing Político - construção de candidaturas vitpriosas', editora Lexia/SP. Atua como consultor em Marketing Político com foco em campanhas eleitorais, mandatos parlamentares ou gestão e estratégia de comunicação política em estados e municípios. Tem experiência em: marketing político e público, marketing político digital administração de crise, planejamento de comunicação, e em estratégia para mobilização de causas.

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