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Borboletários: Para que servem?

Publicado

em

Por Thayna Raymundo

Borboletário no Espírito Santo. Fonte: ArcelorMittal Tubarão.

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As borboletas são insetos, mas diferente das moscas, mosquitos, baratas e formigas que às vezes incomodam os humanos e causam repulsa, as borboletas encantam e chamam atenção por onde voam. Borboletas e mariposas formam um dos grupos mais diversos de insetos do mundo e exercem funções ecológicas importantíssimas para os ecossistemas.

Os borboletários são como “zoológicos de insetos” exclusivos para a criação de borboletas. Pode parecer simples, mas é bem complexo, considerando as quatro fases do ciclo de vida das borboletas: ovo, lagarta, pupa e adulto. Cada fase demanda um local e cuidados apropriados e diferentes.

Geralmente os adultos são encontrados voando dentro do borboletário, que se parece com uma estufa, que é telada, semelhante a casas de vegetação. Já os ovos, lagartas e as pupas são criadas em ambiente mais controlado como em laboratório. Após a metamorfose, que é uma mudança grande do ciclo de vida, as borboletas são transferidas para o borboletário novamente. Esse processo de criação é um ciclo.

Os borboletários podem ser encontrados em mais de 50 países, presentes em grandes cidades, em áreas turísticas, parques temáticos, em museus e jardins botânicos. No Brasil, os borboletários estão presentes principalmente em parques, zoológicos e jardins botânicos de grandes capitais. No Espírito Santo há um borboletário onde pesquisas de educação ambiental e conservação de borboletas são desenvolvidas. Situa-se na área do Centro de Educação Ambiental da ArcelorMittal Tubarão, em Serra, e é conduzido em parceria com o Instituto Marcos Daniel através do Projeto Borboletas: cores da Mata Atlântica.

Área interna do Borboletário no Espírito Santo. Fonte: ArcelorMittal Tubarão.

Os borboletários são muito importantes e listamos aqui quatro principais funções que desempenham. Primeiro, são fundamentais para a conservação ex situ (fora do ambiente natural) de borboletas, em especial aquelas que estão ameaçadas de extinção. Segundo, são importantes para pesquisas e formação de cientistas, pois nesses locais os pesquisadores conseguem acompanhar de perto todos os processos do ciclo de vida das borboletas. Terceiro, são fonte de informações educacionais a respeito dos insetos, claro, em especial borboletas. E, por fim, servem de lazer e aprendizado para os visitantes, que tem contato direto com as borboletas.

Portanto, os borboletários prestam serviços importantíssimos para a conservação da natureza, promovendo a preservação da biodiversidade e da nossa própria história. Afinal, as borboletas são fortes elementos presentes na nossa cultura, nas artes e até nas tatuagens.

O Borboletário do Projeto Borboletas é aberto para visitas agendadas, porém, devido às restrições impostas pela pandemia da covid-19, as visitas estão temporariamente suspensas.

Neste tempo estamos preparando o borboletário para um novo programa de educação ambiental da ArcelorMittal Tubarão. Assim que houver um momento seguro, retomaremos nossas visitas e todos estão convidados a conhecer o nosso borboletário. Acompanhe nossas atividades em: https://www.imd.org.br/projetoborboletas.

Biografia da autora
Thayna Raymundo é licenciada e bacharelada em Biologia (IFES/UFES), mestra em Entomologia (UFV) e Coordenadora do “Projeto Borboletas: cores da Mata Atlântica” (IMD).

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O Instituto Marcos Daniel é uma associação privada sem fins lucrativos qualificada como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de interesse Público. Fundado em 2004, o foco de atuação do IMD é a elaboração e execução de projetos de conservação da biodiversidade e a formação de multiplicadores para a conservação da natureza. Neste propósito, temos contado com o apoio institucional de diversos órgãos públicos, universidades, ONGs e empresas, formando uma rede de elevado capital social e ampla capilaridade na sociedade, promovendo assim a conservação do maior patrimônio do Brasil, a sua biodiversidade.

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