Beleza que fascina: Conheça as borboletas, sua importância e o novo Projeto de Conservação para elas

Você já teve ter visto algum inseto por aí, até mesmo na própria casa como alguma formiga, mosca, barata ou mosquito. Alguns insetos um pouco mais carismáticos também, como borboletas, abelhas e besouros. Esses bichos são os animais mais diversos do mundo. Estima-se que dois terços de todos os animais do planeta são insetos, são aproximadamente 1 milhão de espécies conhecidas! Sem contar àquelas que os pesquisadores ainda não descobriram. E eles são capazes de viver em ambientes de água doce, salgada, ambientes terrestres, regiões polares, desertos e até dentro das nossas casas. São muito adaptados.

Alguns insetos nos chamam atenção desde os primórdios da humanidade, como as borboletas e mariposas. Elas são atrativas e fascinam com suas cores, tamanhos e voos exuberantes. São o segundo maior grupo de insetos do mundo, chamado Lepidoptera, com cerca de 160 mil espécies conhecidas e mais de 26 mil espécies registradas para o Brasil. Esse nome diferentão é por uma característica exclusiva delas: suas asas são cobertas por escamas bem pequenas (do grego lepis = escamas e pteron = asas) e é daí que vem o nome peculiar das tão famosas borboletas e mariposas.

Borboleta maria-boba se alimentando do néctar da flor na Mata Atlântica. Foto: Leonardo Merçon

Esses insetos são animais muito importantes para os ecossistemas terrestres, desempenhando papéis ecológicos fundamentais, como a polinização de diversas plantas, participação na ciclagem de nutrientes ao se alimentarem de vegetais, além de serem fonte de alimento para outros animais como aranhas, aves, morcegos e outros insetos. E há ainda importância econômica por fornecer matéria-prima para a fabricação da seda, um tecido muito valorizado na indústria têxtil. Gerando impactos até no mundo da moda, dá para acreditar?

Mariposa-hieroglífica em repouso, com destaque para as cores chamativas de sua asa. Foto: Leonardo Merçon

Por terem cores vibrantes (ou quase sempre), de fácil visualização e carismáticas, são consideradas um bom grupo bandeira para conservação, sendo potencial indicadores de mudanças ambientais e de modelo para educação ambiental.

Segundo o Instituto Chico Mendes para a conservação da Biodiversidade (ICMBio – MMA), são os insetos mais representados na lista de espécies ameaçadas do Brasil e o grande vilão disso é a perda de hábitats, provocando reduções e isolamento de populações. Apesar de toda sua importância, poucos projetos voltados para conservação de borboletas existem no mundo, e no Brasil não é diferente. Dos poucos projetos que tem no país, a maior parte está vinculada às pesquisas restritamente acadêmicas.

Alinhados com a urgente necessidade mundial de proteger as borboletas, o Instituto Marcos Daniel em parceria com a ArcelorMittal Tubarão e apoio dos Últimos Refúgios inicia o “Projeto Borboletas: cores da Mata Atlântica”. O projeto é uma iniciativa pioneira sobre a conservação e pesquisa de Borboletas no Brasil e visa contribuir para a conservação desses insetos associados as áreas da Mata Atlântica. Além disso, contamos com o borboletário da ArcelorMittal Tubarão que há mais de 20 anos trabalha em prol da conservação das borboletas capixabas., sendo o único do ES e fundamental para proteção das borboletas na Mata Atlântica

O Projeto Borboletas se baseia em três importantes pilares: Pesquisa Científica, Educação Ambiental e Difusão Científica, e tem como objetivo gerar conhecimento técnico-científico sobre as borboletas no Espírito Santo, levando essas informações desde as crianças até adultos.

Preservar as borboletas é fundamental para manutenção das florestas do Brasil!! Já imaginou vivermos sem as plantas? Sem suas flores e frutos? Sem pássaros? Morcegos? E todos os animais das florestas? Na natureza tudo está conectado e cada ser vivo exerce funções importantes. Por isso conservar as borboletas é preciso!

Biografia da autora

Thayna Raymundo. Foto: Arquivo Pessoal

Thayna Raymundo é licenciada e bacharelada em Biologia, mestranda em Entomologia e Coordenadora do Projeto Borboletas: cores da Mata Atlântica (IMD).