“Serei candidato a prefeito de Vitória”, diz coronel dos Bombeiros

Coronel Wagner Borges. Foto: Reprodução Facebook

O coronel Carlos Wagner Borges, do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, encarou as urnas pela primeira vez em 2020. Pelo Partido Liberal (PL), foi candidato a prefeito de Vila Velha. Chegou em 4º lugar, com 13.661 votos (6,7% dos válidos). Em 2022, candidatou-se a deputado federal, pelo Republicanos. Com 13.579 votos, não conseguiu se eleger. Agora, ele está determinado a enfrentar as urnas de novo, mas em outro município. “Sou candidato a prefeito de Vitória”, anuncia o oficial.

Para poder disputar a eleição, o coronel acaba de pedir licença, no limite do prazo legal, do cargo ocupado por ele nos Bombeiros, onde atualmente é o diretor de Operações. Como servidor público de carreira do Estado, ele era obrigado a se licenciar até essa sexta-feira (5), a três meses do 1º turno. O pedido será publicado em boletim interno dos Bombeiros nesta quinta-feira (4). A publicação será encaminhada por ele ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES).

Wagner continua morando em Vila Velha, mas transferiu seu domicílio eleitoral para Vitória dentro do prazo legal, encerrado no dia 6 de abril, para poder concorrer na Capital. Ele argumenta que trabalha em Vitória. Como diretor de Operações dos Bombeiros, agora licenciado, dá expediente na sede da instituição, próxima à praça do pedágio da Terceira Ponte.

“Estou morando em Vila Velha. A questão de Vitória se dá por conta dos meus 30 anos de Corpo de Bombeiros Militar. Conheço Vitória por dentro. Há muita coisa que precisa ser feita. O domicílio eleitoral é baseado em residência de moradia ou de trabalho”, afirma o coronel.

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Como é militar da ativa, Wagner, tecnicamente, só se filia ao partido pelo qual vai disputar a eleição ao pedir o registro de candidatura à Justiça Eleitoral (prazo limite: 15 de agosto). O prazo regular de filiação para pré-candidatos civis venceu no dia 6 de abril. Esse benefício legal concedido aos militares permite ao coronel usar as próximas semanas para negociar com dirigentes e definir sua filiação partidária, ainda não resolvida.

Ocorre que, a esta altura, 90% dos arranjos eleitorais em Vitória já parecem definidos, e praticamente todos os partidos mais relevantes, da esquerda à extrema-direita, já estão posicionados no jogo, seja com candidato próprio, seja com apoio fechado a algum candidato. Nesse contexto, será que ainda há espaço no “mercado eleitoral” de Vitória para a candidatura do Coronel Wagner? Foi o que perguntei para ele.

“Ainda não me defini quanto ao partido, até porque estou conversando com muita gente. Tenho até o dia 16 de agosto [na verdade, 15] para decidir isso. Tem espaço no ‘mercado’, sim. E não é apenas um ou dois partidos. Por enquanto, por questão estratégica, não posso falar quais estão conversando comigo, até porque alguns deles estão conversando com outros candidatos também”, responde o oficial dos Bombeiros.

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A confiança do coronel é tamanha que ele acredita já estar viabilizado:

“Acredito que já estou viabilizado, falta apenas decidir o partido. Estou avaliando junto com amigos algumas propostas partidárias, alguns planos de governo para melhoria da cidade”.

Uma possibilidade para Wagner é o Avante. Hoje, a pequena sigla tem pré-candidato a prefeito de Vitória: o empresário Du da Kawasaki. Mas o coronel é muito próximo ao estrategista político de Du, Aldeci Carvalho – o mesmo que fez sua campanha para prefeito de Vila Velha em 2020 –, e do empresário Marcel Carone, que já presidiu o Avante no Espírito Santo.

Wagner tem conversa marcada com Du na semana que vem.

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