Coluna Vitor Vogas
Arnaldinho e os bastidores da disputa pela presidência da Câmara de Vila Velha
Prefeito não só será o protagonista desse processo no Poder Legislativo Municipal, do qual depende sua governabilidade, como tem, diante de si, um grande teste de sua capacidade de articulação política. Saiba aqui quem são os candidatos na disputa, qual deles é o favorito hoje, e os prós e contras de cada um
Diferentemente das Câmaras de Vitória (Anderson Goggi), Cariacica (Lelo Couto) e Serra (Saulinho da Academia), que já têm o futuro presidente praticamente definido, a Câmara de Vila Velha vive dias decisivos de tensão e indefinição, numa intensa disputa de bastidores entre cinco aspirantes ao cargo – todos aliados de Arnaldinho Borgo (Podemos). O prefeito, aliás, não só será o protagonista desse processo no Poder Legislativo Municipal, do qual depende sua governabilidade, como tem, diante de si, um grande teste de sua capacidade de articulação política e de agregação de forças dispersas sob sua liderança.
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Antes de passarmos aos nomes, é preciso sublinhar dois detalhes.
O primeiro é que essa definição não pode passar do dia 24 de dezembro (uma terça-feira), devendo forçosamente ser acelerada e resolvida nas próximas duas semanas, por conta de uma regra atípica criada durante a “Era Ivan Carlini” (pelo próprio). Em quase todas as Câmaras Municipais, a eleição da Mesa Diretora que comandará a Casa na primeira metade do mandato se dá no dia 1º de janeiro, na sessão inaugural da legislatura, incluindo o registro oficial das chapas. Já na Câmara de Vila Velha, reza o Regimento Interno (art. 19, § 1º) que as chapas devem ser registradas até oito dias antes da sessão solene preparatória para a eleição da Mesa, em 1º de janeiro.
O segundo é que, em Vila Velha, pode-se dizer que as urnas, em outubro, ditaram um bom índice de renovação no Parlamento. O número de vagas passou das atuais 17 para 21. Dos 16 que buscaram a reeleição (o atual presidente, Bruno Lorenzutti, não o fez), só 10 tiveram êxito. Onze eleitos, portanto, não são vereadores atualmente. Desses 11, quatro estão voltando à Casa: Doutor Hércules (PP), Ivan Carlini (Podemos), Joel Rangel (Podemos) e Devacir Rabello (PL).
Noves fora, nada menos que sete dos 21 eleitos estão chegando para o primeiro mandato. E mais da metade dos eleitos não tem lugar na Casa no momento.
Como era de esperar, a disputa pela presidência ficou afunilada entre os mais experientes. Há cinco potenciais candidatos, com interesse (assumido ou não) em ocupar o cargo. Listo-os aqui por “ordem de favoritismo”, isto é, do atual favorito a quem tem menos chances no momento:
. Joel Rangel (Podemos)
. Rogério Cardoso (Podemos)
. Osvaldo Maturano (PRD)
. Ivan Carlini (Podemos)
. Patrícia Crizanto (PSB)
Dos cinco interessados, o único que até o momento não se declara candidato, nem mesmo para os colegas, é Joel Rangel. Os outros quatro têm feito campanha a céu aberto, enquanto Joel come quieto, pelas beiradas. Mas, como se vê acima, é justamente ele quem pode ser considerado, a preços de hoje, o dono das maiores chances de chegar lá. Por quê? Em duas palavras: Arnaldinho Borgo.
Nesta apuração, ouvimos vários vereadores atuais e/ou eleitos para a próxima legislatura. Em meio a indefinições, uma certeza desponta da fala de todos: o desfecho dessa disputa pelo comando do Poder Legislativo será ditado pelo chefe do outro Poder. Arnaldinho saiu do último pleito municipal tão fortalecido e elegeu uma base tão ampla no próximo plenário que será não o principal eleitor, mas o único que realmente importa na sucessão da Mesa Diretora. Basicamente, quem ele indicar para a presidência estará virtualmente eleito.
“Os vereadores de Vila Velha fizeram uma opção: preferiram depositar o voto nas mãos do prefeito”, afirma um veterano vereador eleito. “A decisão é dele. Quem ele apontar, está eleito”, “concorda” um novato.
Isso vale, aliás, não só para o próximo presidente. Nas próximas duas semanas, Arnaldinho deve montar, com sua base, a chapa da situação (ao que tudo indica, chapa única), com seis integrantes, que sairá do seu gabinete e será inscrita até o dia 24. Por sinal, uma das provas políticas para o prefeito será justamente equilibrar e conciliar interesses, buscando contentar a todos os aliados envolvidos. Para isso, deverá encontrar boas compensações para quem for preterido da chefia da Casa: presidências de comissões, outros espaços de visibilidade na Mesa, entre outros tipos de acordo.
Nesta ordem, Joel hoje está um passo à frente de Rogério Cardoso (cujas chances, entretanto, ainda não podem ser descartadas). Correndo bem por fora, Maturano. Ivan, por mais que o queira muito, já pode ser considerado descartado. Patrícia tampouco tem chances.
Quem quer que seja o próximo presidente – eis a nossa segunda certeza –, convergirá politicamente com Arnaldinho, pelo menos no início do mandato.
Até agora, o prefeito tem tocado discretamente no tema com alguns membros da base. De modo muito sutil, para alguns parlamentares, tem externado algumas restrições a Rogério (por conta do vínculo muito forte estabelecido entre este e Bruno Lorenzutti) e também ao nome de Ivan Carlini (pela ideia de retrocesso que o ex-presidente carrega).
Abaixo, apresentamos melhor cada um dos cinco nomes na disputa, analisando o contexto, os prós e os contras relacionados a cada um deles. Comecemos por um mais que velho conhecido.
Ivan Carlini (Podemos)
Ivan Carlini é um recordista. Aliado de José Carlos Gratz no auge do então “todo poderoso” presidente da Assembleia, o vereador da Grande Cobilândia conseguiu a proeza de se eleger presidente da Câmara de Vila Velha por seis biênios consecutivos, ou quatro legislaturas inteiras, de 2009 a 2020.
Na eleição de 2020, apesar de bem votado, não conseguiu emendar o oitavo mandato na Câmara, por causa da legenda. Ficou quatro anos de molho – algo inédito em sua biografia. No pleito deste ano, garantiu seu retorno triunfal. Foi o 13º mais votado, dessa vez pelo partido de Arnaldinho, o Podemos.
Agora, não esconde de ninguém seu desejo de também retornar triunfalmente à presidência da Câmara, para recomeçar de onde parou. Suas movimentações, ele as faz à luz do dia: “O Ivan tem um desejo, uma sanha, uma tara por aquilo ali que é um negócio de louco. Só fala nisso!”, conta um vereador eleito.
Se dependesse só dos vereadores, a nova candidatura de Ivan, o Perpétuo, poderia até colar. Por incrível que pareça, ele encontra até boa aceitação por parte de alguns futuros colegas. Um deles chega a opinar: “Se o prefeito deixasse correr solto, o Ivan ganhava a eleição. Ele agrada aos vereadores. Ninguém pode negar que foi um bom presidente para os colegas. Também foi bom para todos os prefeitos. Neucimar, Rodney e Max: deu governabilidade para todos”.
Acontece que Arnaldinho “não vai deixar correr solto”. Não quer deixar a bola rolar de volta para os pés de Ivan. E já fez seu recado chegar ao ex-presidente. “O Ivan já está fora e já foi avisado do não apoio do prefeito”, revela uma águia do plenário.
Arnaldinho não tem nada pessoal contra Ivan – tanto é que o endossou na chapa do Podemos, que ele próprio ajudou a montar. Trata-se, acima de tudo, de uma questão de imagem: por tudo (a idade, o estilo, o jeitão meio bronco, a aliança no passado com Gratz e os sete mandatos acumulados), Ivan encarna precisamente a imagem contrária à que Arnaldinho tenta a todo instante transmitir, em sua ascendente trajetória que, como não é segredo para ninguém, pode conduzi-lo a uma candidatura ao Palácio Anchieta já em 2026.
Como transmitir ao eleitorado imagem e discurso de “renovação política” e, ao mesmo tempo, respaldar a volta do velho Ivan Carlini à presidência do Parlamento na cidade governada por ele? Não dá.
Pelo mesmo motivo (o desgaste e a ideia de atraso atrelada ao ex-presidente), Ivan enfrenta rejeição, principalmente, entre os vereadores mais jovens. Os novatos, em especial, terão muita dificuldade de explicar para as respectivas bases que já chegaram à Câmara votando nele para a presidência. “Seria retrocesso. O tempo dele já passou”, resume outro eleito.
Rogério Cardoso (Podemos)
Rogério Cardoso é outro veterano na Câmara – embora nem se compare nesse aspecto a Ivan Carlini e Doutor Hércules (PP), que também está de volta.
Primeiramente, conta a favor dele o fato de ter sido extremamente bem votado no último pleito. Com 5.310 votos, chegou em 3º lugar, o que o fortaleceu muito. Entre os cinco pretendentes à presidência, ninguém teve mais votos que ele.
Segundo e mais importante: Rogério é, entre os 21 eleitos, o candidato com a maior “amplitude política”, o que transita melhor e enfrenta a menor rejeição entre os futuros colegas. Se dependesse tão somente dos pares, é, hoje, quem teria mais votos e poderia ser considerado o favorito.
Se dependesse só dos pares.
Como destacado acima, a definição dessa disputa está nas mãos de Arnaldinho.
Alguns vereadores acreditam que, embora o nome de Joel Rangel goze hoje da preferência do prefeito, Rogério não pode, como Ivan, ser considerado carta fora do baralho, ou seja, não chegará a ser surpreendente se o prefeito acabar optando por ele. Por outro lado, é preciso ponderar alguns fatores que desidrataram o nome de Rogério no decorrer do processo. E esses têm muito mais a ver com outro personagem indireto desta história: o atual presidente da Câmara, Bruno Lorenzutti (MDB).
Rogério é o candidato de Bruno, que está se despedindo da Casa, após não ter concorrido a nada este ano. Os dois o negam, mas é assim que ele é visto por todos. O ex-líder de Arnaldinho na Câmara tem muitos cargos comissionados na estrutura administrativa da Casa. E o mais importante: nas últimas eleições, Rogério foi um dos três colegas que Bruno ajudou fortemente a reeleger, colocando inclusive assessores na campanha dele. Os outros dois foram Renzo Mendes (PP) e Flávio Pires (Agir), também reeleitos.
Por essas razões, a impressão (ou o receio) no entorno de Arnaldinho é que uma gestão de Rogério Cardoso na Câmara possa ser continuidade total da gestão Bruno Lorenzutti, que assim, mesmo sem mandato, preservaria influência na Casa onde mandou nos últimos quatro anos. O prefeito não deseja isso. Por que não?
Aí chegamos ao xis da questão.
Bruno e Arnaldinho, hoje, estão praticamente rompidos. Acabou o amor. Acabou a relação. Os dois não têm mais diálogo. Literalmente, pararam de se falar.
Tudo começou a degringolar em agosto, quando Arnaldinho escolheu Cael Linhalis (PSB) como seu candidato a vice-prefeito em detrimento de Bruno, tido como favoritíssimo para o posto até então. A decisão de Arnaldinho foi traumática.
A relação entre os dois, que já tinha começado a azedar durante a campanha, deteriorou-se de vez depois da reeleição de Arnaldinho. O mal-estar entre eles se aprofundou com a aproximação de Bruno com Gilson Daniel. O deputado federal e presidente estadual do Podemos é desafeto e espécie de “concorrente interno” de Arnaldinho no Podemos (os dois querem se candidatar a governador). Cogita-se a volta de Bruno para o Podemos, com as bênçãos de Gilson, e até eventual ida dele para o secretariado do prefeito Wanderson Bueno (Podemos), afilhado de Gilson, em Viana.
O caldo entornou de vez com os episódios da semana passada em que a Câmara aprovou com urgência projeto apresentado e pautado por Bruno, quase dobrando o salário do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários municipais de Vila Velha. No dia seguinte, Arnaldinho devolveu o projeto com um veto que pegou a todos de surpresa, começando pelo próprio Bruno, que ficou com a brocha na mão e numa situação muito ruim politicamente.
Rogério Cardoso, enfim, ficou com o “carimbão do Bruno”. E, em meio a essa guerra fria entre os chefes dos dois Poderes, foi abatido em plena decolagem, atingido por uma bala perdida que pode ter derrubado suas pretensões. Suas chances não são descartáveis, mas ficaram reduzidas. E ele perdeu para Joel o lugar na fila do favoritismo.
Osvaldo Maturano (PRD)
Assim como Ivan e Rogério, o atual líder de Arnaldinho em plenário não esconde dos colegas suas pretensões. E, assim como o primeiro, tem se articulado intensa e abertamente para ser o próximo presidente. “Dorme e acorda pensando na presidência. Trabalha de manhã, de tarde e de noite por isso”, relata um colega.
O experiente vereador de fato reúne alguns votos. Seus planos, no entanto, esbarram em três fatores que, somados, o levam a enfrentar uma elevada rejeição não só no Executivo como entre muitos colegas. O primeiro pode ser resumido assim: “falta de confiabilidade”.
Pode parecer contraditório, já que se trata, afinal, do atual líder do prefeito na Casa, mas Arnaldinho e seu staff não sentem 100% de confiança em Maturano a ponto de lhe darem a presidência do Legislativo. Hoje ele está aliado de Arnaldinho. Mas nada impede, desconfiam, que no meio do mandato de presidente ele dê um cavalo de pau em alguma outra direção. Não querem conceder tanto poder a alguém que não seja indubitavelmente leal ao atual prefeito, aconteça o que acontecer, num cenário de tantas incertezas políticas como o que se descortina para os próximos dois anos.
Aí joga o segundo fator: a fortíssima ligação política de Maturano com o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União). O vereador trabalhou para Marcelo e garantiu sua entrada em Vila Velha na campanha a deputado estadual em 2022. Nesta eleição, o presidente da Assembleia retribuiu: chegou a ir pessoalmente ao evento de lançamento de Maturano à reeleição. O vereador, a propósito, reelegeu-se pelo Partido Renovação Democrática (PRD), controlado por Marcelo no Espírito Santo.
Segundo relatos, negados à coluna pelo próprio Marcelo, o presidente da Assembleia viria operando como cabo eleitoral de Maturano nessa disputa interna corporis: discretamente, viria pedindo votos a vereadores eleitos em Vila Velha para o seu aliado. Dar a presidência da Câmara a Maturano seria, portanto, entregá-la a Marcelo Santos. Por que Arnaldinho faria isso?
Apesar de Marcelo ter apoiado sua reeleição em Vila Velha, não há certeza alguma de que o presidente da Assembleia estará no “time Arnaldinho” em eventual candidatura dele a governador em 2026 – vide, por exemplo, a aproximação de Marcelo com Lorenzo Pazolini (Republicanos) e seu apoio ao prefeito de Vitória, virtual adversário de seja quem for o candidato do grupo de Renato Casagrande (PSB) na próxima corrida ao Palácio Anchieta.
Por fim, relatos dão conta de que o deputado federal Victor Linhalis (Podemos) – este, sim, um aliado incontestável de Arnaldinho – tem feito um lobby a favor de Maturano. O prefeito temeria que elevar seu hoje líder a presidente da Câmara seria concentrar poder demais nas mãos de Victor, cujo pai, Cael Linhalis, já é o próximo vice-prefeito e quiçá futuro prefeito.
Joel Rangel (Podemos)
Diferentemente dos três anteriores, Joel não está fazendo campanha de forma explícita. Não é propriamente o favorito dos vereadores eleitos, mas, reiteramos, essa eleição será decidida por Arnaldinho, e o ex-líder do prefeito tem se consolidado como o nome predileto dele.
Joel até tem feito alguns contatos, mas, ao contrário dos demais, não se declara candidato, embora se comporte como tal. Sabe que não precisa disso: se for mesmo o candidato à presidência (e, virtualmente, o futuro presidente), o será por vontade de Arnaldinho. Então, até lá, joga parado.
Após ter sido cassado no primeiro semestre por fraude do PTB à cota de gênero na eleição de 2020, Joel voltou à Câmara, para o quinto mandato, pelo Podemos, no palanque de Arnaldinho. Vindo do grupo político de Max Filho (PSDB) e da família Mauro em Vila Velha, ele chegou a ser líder de Max em seu primeiro mandato na Câmara, de 2001 a 2004. Também já foi primeiro e segundo secretário da Mesa Diretora. Mas nunca quis se candidatar a presidente.
Por que Joel, ex-líder de Max Filho e ex-maxista convicto, subiu tanto na estima de Arnaldinho e ganhou toda essa confiança a ponto de poder ser agora indicado por ele à presidência? Por conta da aproximação e da lealdade demonstrada no atual mandato. Em todo evento do prefeito, lá está Joel ao lado dele. Logo após ele perder o mandato (por algo que, convenhamos, nem foi sua culpa), o prefeito o acomodou no cargo de diretor-presidente do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores de Vila Velha.
A interlocutores, o próprio Joel tem dito justamente que coloca seu voto nas mãos do prefeito: quem Arnaldinho indicar, ele apoiará. Se o indicado for o próprio, não terá para ninguém. Mas Joel ainda tem alguns contras em seu desfavor. Se é um nome que agrada a Arnaldinho, também enfrenta forte resistência por parte de alguns futuros colegas. Há quem diga que não vota nele de jeito nenhum.
Por que isso?
Um primeiro ponto levantado é sua já mencionada ligação histórica, outrora umbilical, com a família Mauro… se bem que isso, conforme já dissemos, parece já ter sido superado.
O segundo é que, para alguns, por ter perfil bem conciliador, faltar-lhe-ia a firmeza necessária para conduzir a Câmara de Vila Velha.
O terceiro é que alguns concorrentes de Joel têm soltado por aí que, se chegar à presidência, ele vai querer dar um “choque de moralidade” na Câmara (e aqui a “escola Max Mauro” fala alto), cortar benesses etc… uma perspectiva que certamente não agrada a muitos futuros colegas.
Patrícia Crizanto (PSB)
Indo para o terceiro mandato seguido (e sempre com votação crescente), a vereadora assume candidatura e assim tem se apresentado aos colegas. Na primeira oportunidade, logo após a reeleição em 6 de outubro, ela também já revelou seu plano, pessoalmente, ao próprio Arnaldinho.
Única mulher no plenário na atual legislatura e uma das duas únicas eleitas em Vila Velha para a próxima (a outra é Carol Caldeira, do DC), Patrícia tem destacado a importância de a Câmara eleger uma mulher para presidi-la pela primeira vez na história da cidade… uma cidade, aliás, que tem liderado rankings muito ruins de violência contra a mulher. Uma maneira de combater tal violência, na visão da vereadora, é a chegada de mulheres a espaços de voz, poder e decisão até então exclusivos dos homens.
Por mais meritosos que sejam os argumentos de Patrícia, suas aspirações terão de esperar. Desta vez, ela não se viabilizou.
Adendo
Após a publicação deste texto, na manhã de domingo (8), o presidente da Assembleia, Marcelo Santos, entrou em contato com a coluna. Ele declarou que não pediu nem pedirá votos para ninguém na eleição da Câmara de Vila Velha e que apenas recebeu vereadores eleitos na cidade com quem mantém relação política.
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