Coluna Inovação
Porto Central inicia obras e promete revolucionar a logística no Brasil
O EStúdio 360, em sua 2ª edição, apresenta às terças-feiras o quadro de Inovação com Evandro Milet, às 18h50
Fabrício Cardoso de Freitas, fundador e membro do conselho do Porto Central além de CEO da Macro Investimentos, foi o convidado do quadro “Inovação”, exibido às terças-feiras no programa “EStúdio 360, 2ª edição”, da TV Capixaba/Band. O Porto Central, localizado no Espírito Santo, iniciou suas obras após superar etapas de licenciamento. O projeto, que promete transformar a logística no estado e no país, está focado na exportação de petróleo em sua fase inicial. A infraestrutura contará com supressão de vegetação, construção de canteiro de obras e dragagem.
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Com múltiplos terminais planejados, o Porto Central atenderá demandas de diversos tipos de cargas, como contêineres, grãos, minério de ferro e carga geral. Além disso, está prevista a utilização de modais rodoviários e ferroviários, fundamentais para conectar o porto às principais regiões produtoras do Brasil.
A iniciativa é parte de um plano que inclui ferrovias como a EF-118 e a 352, que irão interligar diferentes regiões, reduzindo gargalos logísticos e ampliando a capacidade de exportação de commodities como soja, milho e minério. Além disso, o porto permitirá agregar valor a produtos industriais e agrícolas, aumentando a competitividade no mercado internacional.
Expansão ferroviária
Além do Porto Central, outro destaque é a Ferrovia Ministro Alysson Paolinelli, que será um elo crucial para o escoamento de cargas. O projeto ligará o porto a Sete Lagoas (MG) e Anápolis (GO), com ramais conectando-se à Ferrovia Norte-Sul. Esse traçado, com 1.850 km, visa captar cargas de diversas regiões, principalmente do agronegócio, e ampliar as alternativas logísticas nacionais.
A ferrovia será desenvolvida pelo modelo de autorização, em que a iniciativa privada assume os riscos e a gestão do projeto. O contrato prevê operação por até 99 anos, oferecendo maior segurança para investidores e planejamento de longo prazo. Além disso, a faixa de domínio será aproveitada para infraestrutura adicional, como oleodutos, gasodutos e fibra ótica.
Capacidade portuária
A proximidade com o Porto do Açu, em operação desde 2014, não é vista como obstáculo. O Brasil, com crescente demanda por exportação e importação, necessita de mais infraestrutura logística. O Porto Central, com espaço e capacidade para grandes embarcações, visa atender essa demanda, consolidando-se como um polo atrativo para investimentos industriais no entorno.
O diferencial logístico também se reflete nas ferrovias associadas ao porto. A ferrovia 352, por exemplo, será operada de forma aberta, possibilitando o transporte de diversos tipos de cargas, como grãos, minério, produtos siderúrgicos e fertilizantes. Isso deve atrair empresas interessadas em alternativas mais eficientes ao transporte rodoviário.
Reforma tributária
A reforma tributária em andamento no Brasil pode redefinir a vocação logística do Espírito Santo. Com histórico de incentivos fiscais por meio do Fundap, o estado enfrenta desafios para manter sua atratividade frente a novos cenários econômicos. O Porto Central se apresenta como solução estratégica para reposicionar o Espírito Santo como uma plataforma logística relevante no país.
Além de movimentar grandes volumes de carga, o porto busca atrair indústrias para sua faixa de domínio, gerando emprego e diversificando a economia da região sul do estado. Com capacidade para receber navios de até 24 mil TEUs, o empreendimento pretende alavancar a competitividade nacional, destacando-se como peça-chave para o futuro logístico brasileiro.
Confira a entrevista completa
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