Coluna Eliana Gorritti
Participação feminina no LIDE: um pilar estratégico para o sucesso
Hoje a coluna conversou com Flávia da Veiga, fundadora e CEO da BeHappier, uma startup que atua na melhoria da saúde mental e emocional de colaboradores de empresas. Confira esse bate papo.
O LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, presente em cinco continentes e com mais de 20 frentes de atuação, se destaca por conectar líderes e organizações globais com o objetivo de promover a ética, inovação e crescimento econômico. Fundado em 2003 no Brasil, o LIDE chegou ao Espírito Santo em dezembro do ano passado. No Estado a liderança do LIDE está a cargo de Thiago Santos, com um Conselho Estratégico composto por grandes nomes do setor, como Sidemar Acosta (Sindiex), Paulo Baraona (Findes), Paulo Henrique Correa (Valor Investimentos), Valcemiro Nossa (Fucape), Rodrigo Miranda (VPX), Sérgio Denicoli (CEO da AP Exata) e Juarez Gustavo (CEO da Summit). Contudo, um fator tem se destacado de forma crescente dentro deste seleto grupo: a presença feminina.
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Em um contexto predominantemente masculino nas esferas de liderança empresarial, três mulheres três mulheres ganham protagonismo no LIDE: Flávia da Veiga (CEO da BeHappier), Ana Paula França (fundadora do Acelera Mulheres) e Flávia Milanez (Milanez & Milaneze). Estas líderes não só ocupam espaços importantes dentro do grupo, mas também são exemplos de como a participação feminina é um diferencial estratégico, essencial para a construção de um ambiente mais inclusivo e inovador.
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Hoje a coluna conversou com Flávia da Veiga, fundadora e CEO da BeHappier, uma startup que atua na melhoria da saúde mental e emocional de colaboradores de empresas. Confira esse bate papo.
Eliana: Como é fazer parte de um grupo tão seleto e significativo para o empresariado brasileiro e mundial?
Flávia: “É uma honra e uma grande responsabilidade. O mundo corporativo tem um impacto direto na vida das pessoas, e estar ao lado de líderes que moldam o futuro dos negócios é uma oportunidade única para impulsionar pautas essenciais, como bem-estar, inovação e liderança humanizada. O sucesso sustentável das empresas depende da qualidade das relações e do equilíbrio entre resultados e felicidade no trabalho”.
Eliana: Como surgiu o convite para fazer parte do LIDE no ES?
Flávia: “O convite veio como um reconhecimento do trabalho que venho desenvolvendo à frente da BeHappier, promovendo um olhar mais estratégico para a saúde mental e o bem-estar dentro das empresas. Acredito que cada vez mais o mercado está percebendo que líderes felizes constroem equipes mais engajadas e produtivas, e que isso não é um detalhe, mas um diferencial competitivo.”
Eliana: Nomes considerados de peso integram o conselho. Como se destacar em um mercado ainda tão desafiador para as mulheres?
Flávia: “Ser minoria não nos limita; pelo contrário, nos desafia a trazer perspectivas únicas e a abrir caminho para outras mulheres. A ciência da felicidade mostra que a autoconfiança, o cultivo de relacionamentos de apoio e a clareza de propósito são fundamentais para o sucesso. Me destaco sendo autêntica, coerente com meus valores e construindo conexões baseadas na confiança. E, mais do que competir, acredito que o segredo está em colaborar e transformar desafios em oportunidades.”
Eliana: Você criou uma startup que atua para a melhoria da saúde mental e emocional de colaboradores de empresas. De onde veio a ideia e a inspiração?
Flávia: “Começou com um desafio pessoal: uma tragédia me levou à depressão. E foi o combustível para começar a estudar sobre a ciência da felicidade. Ao perceber o grande valor e a necessidade cada vez maior, principalmente nas empresas. Fomos constatando que, apesar dos avanços tecnológicos e da globalização, as pessoas dentro das empresas estão cada vez mais deprimidas, estressadas, ansiosas e desconectadas do que realmente importa, o que impacta diretamente nos resultados. A felicidade corporativa não é um luxo, é um fator estratégico. Minha inspiração veio da ciência da felicidade e da neurociência, que mostram como o bem-estar impacta diretamente a produtividade, a inovação e a retenção de talentos.”
Eliana: Como foi ver que a ideia deu certo?
Flávia: “Foi um momento de validação e realização. Desde o início, acreditamos que felicidade e resultados não são opostos, mas sim complementares. Quando as empresas começaram a ver os impactos positivos nos seus times e nos seus indicadores, ficou claro que estávamos no caminho certo. O sucesso veio porque tocamos em uma dor real do mundo corporativo e oferecemos soluções concretas para resolver esse desafio.”
Eliana: Qual a importância de trabalhar com esse tema no mundo corporativo?
Flávia: “A competição saudável e a alta performance não vêm da exaustão, mas sim da motivação genuína. Empresas que investem na felicidade dos seus colaboradores colhem benefícios diretos, como maior engajamento, redução do turnover e aumento da criatividade. Funcionários felizes vendem mais, inovam mais e constroem relações mais fortes com clientes e colegas. No final, felicidade não é só um conceito bonito—é uma estratégia de negócios poderosa.”
Eliana: Quais conselhos ou orientações você daria para outras mulheres que estão trilhando esse caminho em busca de uma liderança empresarial?
Flávia: “O primeiro conselho é: acredite no seu potencial. A ciência da felicidade nos ensina que resiliência, otimismo e propósito são habilidades que podemos treinar. Não tente ser perfeita em tudo; escolha suas batalhas e tenha clareza sobre o que realmente importa para você. Sobre equilibrar múltiplas funções, um segredo é entender que autocuidado não é egoísmo, é combustível. Estabeleça limites, peça ajuda e construa uma rede de apoio. Mulheres não precisam se encaixar em um modelo tradicional de liderança. Precisamos criar nossos próprios caminhos e mostrar que há espaço para liderar com empatia, inteligência emocional e autenticidade.”
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