Tratamento de língua presa pode ser feito logo após o nascimento

Uma em cada cinco crianças nascidas no Brasil terá anquiloglossia. Foto: portaldaenfermagem.com.br

Uma em cada cinco crianças nascidas no Brasil terá anquiloglossia, conhecida popularmente como língua presa, de acordo com conteúdo publicado pela Agência Senado. A ortodontista Catarina Riva destaca que quanto mais cedo, melhor para realizar a correção, pois as consequências serão menores em longo prazo. Bebês com a língua presa apresentam dificuldades na fala, baixa eficiência mastigatória e da deglutição e a correção é feita por meio da frenectomia.

Catarina explica que o procedimento é seguro, rápido e eficaz, sendo indicado a partir do nascimento de bebê. “A frenectomia consiste na remoção total ou parcial do freio lingual, por meio de laser ou bisturi com aplicação de anestesia”, comenta.

Além disso, em bebês, a língua presa provoca dificuldades na amamentação, podendo causar desmame precoce, engasgos e até possível perda de peso. Em crianças mais velhas é possível observar modificação dos ossos da face incluindo alteração do crescimento da mandíbula, dificuldade durante a higienização bucal e espaçamento entre os dentes ântero-inferiores.

“Por isso é tão importante que a criança seja diagnosticada o mais rápido possível, para evitar dificuldades na saúde materna e do bebê. Quanto mais cedo é feito o procedimento, menor é o tempo de recuperação e maior será a qualidade de vida do paciente”, explica a especialista.

Atualmente, o protocolo de avaliação do frênulo é feito logo após o nascimento, por meio do Teste da Linguinha, sendo obrigatória a realização em todo hospital e maternidade do país. É um exame padronizado, onde o profissional observa o bebê chorando e sugando e posteriormente, eleva a língua do bebê para verificar se está presa. O procedimento deve ser feito pode ser feito por um odontopediatra em um consultório odontológico especializado.