Bem-estar
Saiba como amenizar os sintomas causados pela doença de Parkinson
O Parkinson acomete cerca de 1% da população acima dos 60 anos, de acordo com Organização Mundial da Saúde
Tremores, rigidez muscular nas pernas, braços e tronco, lentidão ou dificuldade e limitação ao executar certos movimentos estão entre os sintomas da doença de Parkinson, que é a segunda doença neurodegenerativa mais comum na população mundial (atrás apenas do Alzheimer), e acomete cerca de 1% da população acima dos 60 anos, de acordo com Organização Mundial da Saúde.
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No dia 11 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da doença de Parkinson. A data é oportuna para falar sobre a doença que afeta, aproximadamente, 6 milhões de pessoas no mundo, é progressiva e não tem cura.
Segundo o geriatra Roni Chaim Mukamal, superintendente de Medicina Preventiva da MedSênior, a doença de Parkinson se torna mais comum com o avançar da idade, principalmente, após os 65 anos. Ela ataca o sistema nervoso central e, por isso, compromete os movimentos do paciente que, muitas vezes, pela idade, podem ter outras condições que dificultam o diagnóstico.
“A doença ocorre devido ao envelhecimento das células nervosas que produzem a dopamina, um neurotransmissor que ajuda na função motora. A falta da dopamina, principalmente na região do sistema nervoso, leva à perda dos movimentos automáticos e voluntários, como dificuldade para segurar objetivos, de tirar os pés do chão para caminhar e de se equilibrar em pé, mantendo a postura reta”, explica.
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De acordo com o geriatra, entre os sintomas mais comuns, estão os tremores, principalmente dos dedos e das mãos, mas que nem sempre estão presentes.
“Os tremores também podem afetar o queixo, a cabeça ou os pés. Podem ocorrer num lado do corpo ou nos dois, e podem ser mais intensos num lado que no outro. Tornam-se mais repetitivos quando a pessoa fica nervosa e podem desaparecer quando está completamente descontraída”, esclarece.
Roni ressalta que a lentidão é outro sintoma importante. “Uma das primeiras coisas que podem ser notadas pelos familiares é que o paciente demora mais tempo para fazer o que antes fazia com mais desenvoltura como, tomar banho, se vestir, cozinhar, escrever”, diz.
Segundo ele, outros sintomas podem estar associados ao início da doença, como a rigidez muscular, a redução da quantidade de movimentos, distúrbios da fala, depressão, tontura e má qualidade de sono.
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O geriatra ressalta que para um diagnóstico preciso e a indicação do melhor tratamento é necessário um acompanhamento individualizado de cada paciente, visto que os sinais podem se alternar de uma pessoa para outra.
“Cada sinal pode ser amenizado com o tratamento adequado e individualizado. É possível lidar com os sintomas e retardar a progressão da doença com estratégias e abordagens desenvolvidas para cada paciente, buscando reduzir o impacto da doença na rotina diária do indivíduo e trazer mais qualidade de vida”, garante.
CONFIRA DICAS DE COMO LIDAR E AMENIZAR OS PRINCIPAIS SINTOMAS DO PARKINSON:
Diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce permite retardar a progressão da doença, que pode iniciar entre 10 e 15 anos antes dos sintomas se evidenciarem. Por isso, é tão importante o acompanhamento individualizado nos pacientes acima de 50 anos, principalmente, que já tenham casos da doença de Parkinson diagnosticados na família.
Tratamento adequado
O tratamento da doença de Parkinson é individualizado e, geralmente, envolve o uso de medicamentos para ajudar a controlar alguns sintomas. Além disso, a fisioterapia, a terapia ocupacional e a fonoaudiologia podem ser úteis para melhorar a mobilidade, a coordenação motora e a fala, dependendo do caso de cada paciente.
Exercícios físicos
A prática regular de exercícios físicos pode ajudar a melhorar a força muscular, a flexibilidade e o equilíbrio, reduzindo assim os sintomas da doença de Parkinson. “Inclusive, a prática de exercícios físicos deve ser adotada como uma medida preventiva, iniciada o quanto antes e não somente quando se observar os primeiros sintomas”, alerta o médico. Exercícios como caminhada, natação, hidroginástica, pilates e musculação são benéficos para todas as idades e podem sempre ser adaptados às necessidades individuais de cada pessoa.
Alimentação saudável
Uma alimentação balanceada e rica em nutrientes pode contribuir para o bem-estar geral e ajudar a controlar os sintomas da doença. É importante incluir alimentos ricos em antioxidantes, como frutas, vegetais, nozes e sementes, e limitar o consumo de alimentos processados e ricos em gordura.
Práticas de relaxamento
Técnicas de relaxamento, como meditação, podem ajudar a reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão, que são comuns em pessoas com doença de Parkinson. Incorporar essas práticas na rotina diária pode contribuir para o bem-estar mental e emocional.
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