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Bem-estar

Câncer anal está relacionado com infecção pelo HPV

Ainda que alguns casos não provoquem sintomas, aproximadamente 50% dos pacientes com câncer do canal anal apresentam sangramento ao evacuar

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Um médico de luvas com uma réplica de Modelo do trato gastro-intestinal para falar sobre câncer no canal anal

Câncer do canal anal. Foto: FreePik

O câncer anal, que acometeu a apresentadora Ana Maria Braga, em 2001, é caracterizado pela presença de tumores no canal anal e nas bordas externas do ânus. É mais comum em mulheres. E segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), é um câncer raro e representa entre 1% e 2% dos tumores colorretais.

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De acordo com o oncologista da Rede Meridional, Fernando Zamprogno, o câncer do canal anal está relacionado em mais 95% das vezes com a infecção pelo HPV. Estudos mostram que o subtipo HPV-16, principalmente, provoca boa parte dos carcinomas de células escamosas anais. É uma doença sexualmente transmissível. Outras possíveis causas são tabagismo, prática de sexo anal, fístula anal crônica, má higiene na região e irritação anal crônica.

O médico explica que outras doenças sexualmente transmissíveis podem provocar outros tipos de câncer. O HIV, por exemplo, provoca o sarcoma de Kaposi, que é um tipo de câncer e pode provocar também linfoma, que é um outro tipo de câncer. E o vírus da hepatite B, pode provocar o carcinoma hepatocelular.

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Ainda que alguns casos não provoquem sintomas, aproximadamente 50% dos pacientes com câncer do canal anal apresentam sangramento ao evacuar. Zamprogno enfatiza que o paciente pode não ter sintoma nenhum, mas, pode ocorrer de sentir um caroço duro na região do ânus, dor no local, sangramento quando evacua. “Então, por isso que todo sangramento ao evacuar precisa ser investigado. A pessoa deve procurar o médico para avaliar”.

O diagnóstico é feito por meio de uma biópsia. Em alguns casos, também pode ser solicitado o exame de ressonância magnética, que ajuda identificar a extensão do tumor e definir qual o melhor método de tratamento.

O especialista afirma que este tipo de câncer é altamente curável e na maioria das vezes, não envolve cirurgia, a indicação é combinar radioterapia com quimioterapia. E quanto mais cedo o câncer for identificado, maior é a chance de cura.

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Entre as recomendações para a prevenção estão: ter relação sexual protegida, com camisinha; se alimentar de forma saudável; praticar atividade física; se for fumante, abandonar o cigarro; pois essas ações ajudam a prevenir tumores malignos”, lembrou o médico.

O oncologista lembra, ainda, que outra questão de extrema importância é a vacinação contra o HPV, para evitar qualquer doença relacionada ao vírus. “A vacinação vai fazer uma grande diferença, porque as pessoas já serão imunes ao vírus. Ele não vai se instalar no corpo e não vai alterar o DNA das células. E o HPV é o mesmo que causa câncer do canal anal, câncer de colo de útero e de cabeça e pescoço. Assim, pode se evitar que ocorram diversos tipos de cânceres”, alertou.


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