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Bem-estar

Professora detectou câncer por causa da Campanha Outubro Rosa

“A gente precisa saber a importância dese cuidar. Se a gente começar por nós, a gente vai também espalhando essa energia,” disse Léa Penedo

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Outubro Rosa reforça a importância do autoexame. Foto: reprodução Afecc

Somente no ano de 2022 foram registrados 868 casos de câncer de mama no Hospital Santa Rita, em Vitória. A previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que neste ano serão diagnosticados 73.610 novos casos de câncer de mama no Brasil. Desse total, 900 casos estão previstos para o Espírito Santo, sendo 120 somente na cidade de Vitória.

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E para ajudar no diagnóstico precoce é que a Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (Afecc) abraça a campanha Outubro Rosa. Neste ano o lema é “Comece por você, continue pelos que ama”. A ideia é reforçar o autocuidado e a manutenção do tratamento que pode ser iniciado pela própria paciente com o autoexame nas mamas, ainda em casa.

“A gente precisa saber a importância da gente se cuidar. Se a gente começar por nós, a gente vai também espalhando essa energia,” explicou a diretora de relações institucionais da Afecc, Léa Penedo.

Durante entrevista no programa Estúdio 360, da TV Capixaba, Léa explicou que um dos maiores desafios na luta contra o câncer de mama é a conscientização, sobre a importância de descobrir se algo está errado com a saúde. “No Brasil existe uma cultura do ‘quem procura acha’. E as pessoas não querem ir ao médico para não encontrar. E deveria ser o oposto disso. Procure, porque se você faz sua prevenção, quanto antes descobre, enquanto ele é mínimo, você faz uma pequena cirurgia que é bem menor. E em muitos casos nem há necessidade de fazer quimioterapia ou radioterapia”, explicou.

O medo de descobrir o câncer de mama mexe muito com o psicológico das mulheres. Há o receio da mutilação com a retirada da mama, a perda de cabelo. E o apoio das pessoas mais próximas se faz primordial. “Mais do que nunca a gente sabe a importância dos companheiros, das famílias, para que essa mulher seja entendida na sua dor, no seu momento de diagnóstico e poder enfrentar de maneira mais coerente e consciente pelo o que virá pela frente”, destacou.

O autoexame salvando vidas

Foto: Realiza Fotografia/ Joyce Araújo

Foi por causa da campanha Outubro Rosa de 2022 que a professora e tradutora/intérprete de Libras, Wanessa Raylla de Albuquerque Ferreira descobriu um câncer de mama. Sempre atenta com a saúde, ela sempre fez exames ginecológicos de rotina. Por ter menos de 40 anos (na época ela tinha 38) não fazia mamografia, mesmo assim tinha o habito de fazer ultrassonografia da mama, toque no consultório…

Em março de 2022 fez todos os exames de praxe e não havia nada de errado com o corpo dela. Com os procedimentos em dia, não tinha o hábito de realizar o autoexame em casa. Influenciada pela campanha Outubro Rosa resolveu fazer durante o banho e percebeu um nódulo. “Eu imaginei que não era nada, mas voltei na minha ginecologista e pedi para fazer os exames. E tive o diagnóstico de câncer de mama”, contou a professora.

Os exames mostraram que o câncer estava tentando acometer outros órgãos e a rapidez para a realização da cirurgia se tornou fundamental. “O diagnóstico precoce salva vivas. Se esse tumor tivesse conseguido passar para outros órgãos hoje eu seria uma paciente com metástase. E a gente entende que a chance de cura seria bem menor. Então o Outubro Rosa pra mim teve essa importância de um diagnóstico cedo, precoce. E eu jamais teria feito o autoexame se não fosse a campanha, porque eu havia feito meus exames há pouco tempo e estava tudo bem. Então esse tumor cresceu em oito meses e ainda tentou se espalhar pelo meu corpo”, pontuou.

Neste mês de outubro completa um ano que a realização do autoexame mudou a vida da Wanessa. Ela fez a cirurgia, passou por sessões de quimioterapia e radioterapia. O tratamento dela continua, e hoje ela tenta conscientizar outras mulheres sobre a importância de fazer o toque em casa e descobrir a doença na fase inicial.


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