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Presbifonia: você sabia que a voz também envelhece?

Alterações naturais na laringe e na musculatura vocal causam mudanças na voz a partir dos 60 anos

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A presbifonia afeta a força e a clareza da voz em idosos, mas pode ser tratada com hábitos saudáveis e fonoterapia. Foto: Freepik

A presbifonia afeta a força e a clareza da voz em idosos, mas pode ser tratada com hábitos saudáveis e fonoterapia. Foto: Freepik

Na certa, você já ouviu falar em “vista cansada” ou presbiopia – a perda gradual da capacidade dos olhos de focar em objetos que estão próximos, bastante comum no processo de envelhecimento.

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O que nem todo mundo sabe é que existe, também, a presbifonia, uma condição que se caracteriza pelo envelhecimento gradual da voz que pode resultar, com o passar dos anos, em uma voz mais fraca, trêmula e rouca.

De acordo com Roni Mukamal, médico geriatra e Superintendente de Medicina Preventiva da MedSênior, a presbifonia não chega a ser uma doença e faz parte do processo de envelhecimento natural, mas seus sintomas podem ser tratados e amenizados.

“O envelhecimento acarreta muitas mudanças no nosso organismo e isto inclui a voz. Assim como a pele perde elasticidade, os músculos tendem a perder força e os ossos, cálcio, a laringe e as estruturas vocais também sofrem alterações naturais com o passar do tempo”, afirma.

Segundo o geriatra, a consequência deste envelhecimento é o comprometimento da voz com sinais que, muitas vezes são considerados comuns nos idosos e, por isso, muitas vezes, ignorados.

De forma geral, a presbifonia acomete, de forma geral, pessoas a partir dos 60 anos de idade e seus efeitos podem impactar diretamente a qualidade de vida do idoso, afetando sua comunicação, a autoestima e até a socialização.

“É comum pacientes idosos com presbifonia relatarem dificuldade em serem compreendidos, cansaço ao falar e falta de ar, o que gera frustração e, em alguns casos, isolamento social”, afirma.

Segundo Mukamal, o envelhecimento vocal se dá em função da perda de massa e de tônus da musculatura da laringe, boca e faringe, além do enrijecimento das cartilagens na região. Ela alerta que, além da dificuldade para se comunicar, essas alterações na musculatura podem comprometer a deglutição de pessoas idosas e facilitar episódios de engasgos e aspirações.

O especialista garante que manter hábitos saudáveis, como hidratação adequada, alimentação balanceada e evitar o tabagismo, contribui para preservar a saúde vocal.

“Os efeitos que o envelhecimento natural causa na voz, a longo prazo, podem ser prevenidos com um estilo de vida saudável. E vale destacar que pessoas que trabalham realizando esforço vocal contínuo, como professores e cantores, estão mais propensas a sofrem com o desgaste natural das cordas vocais e com o enfraquecimento da musculatura na laringe e faringe com o passar dos anos”, reforça.

A boa notícia é que a prebifonia e seus sintomas podem ser tratados de maneira não invasiva, independentemente da idade. “Conseguimos excelentes resultados com fonoterapia, com um conjunto de exercícios específicos que visam fortalecer a musculatura vocal, melhorar a respiração e otimizar a projeção da voz, devolvendo ao idoso segurança e prazer ao se comunicar”, afirma o geriatra.

O médico reforça que reconhecer que as cordas vocais e a musculatura da laringe, da faringe e da face também envelhecem é um passo importante para prevenir complicações relacionadas à voz. “Buscar o tratamento dos sintomas é fundamental pode melhorar a comunicação e até a alimentação na terceira idade”, diz.

 

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