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Bem-estar

Por que as nossas avós não tinham estrias? Especialista explica

Especialista explica como o estilo de vida e a alimentação podem explicar a ausência das marquinhas indesejadas

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As estrias podem contar a história das mudanças do corpo, mas com cuidados certos, é possível suavizá-las e cuidar da pele. Foto: Divulgação

As estrias podem contar a história das mudanças do corpo, mas com cuidados certos, é possível suavizá-las e cuidar da pele. Foto: Divulgação

As estrias são marcas que se formam na pele quando ela estica demais e de forma abrupta, é como se a elasticidade não desse conta e houvesse um rompimento da camada da pele.

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Assim como um tecido, que se puxado com força pode rasgar e deixar marcas ou ainda uma bexiga inflada rapidamente, que pode perder para sempre a sua forma original, as estrias podem aparecer durante e após o período de gravidez ou até mesmo com o crescimento acelerado na fase da adolescência. Só que ao contrário da bexiga – e ainda bem – a pele não estoura completamente, ela sofre rupturas e as estrias ficam como um registro, marcando a velocidade com que o corpo mudou.

“Quando a pele é esticada além do seu limite, as fibras de colágeno e elastina se rompem, gerando essas marcas”, explica Thassia Piezzaroli, esteticista e micropigmentadora especializada em tratamentos de estrias e cicatrizes.

Mas, se a gravidez e o ganho de peso sempre fizeram parte da vida, por que as estrias eram tão raras nas gerações passadas? “A resposta pode estar no estilo de vida da época, incluindo alimentação, sedentarismo e rotina, que são diferentes hoje em dia”, revela a especialista.

Nossas avós tinham dietas muito mais naturais, ricas em frutas, vegetais, proteínas e cereais, ao contrário dos alimentos processados que consumimos hoje. Essa dieta era rica em vitaminas A e E, essenciais para a elasticidade e a hidratação da pele e que ajudam a prevenir o surgimento das estrias.

Outro ponto é a quantidade de açúcar nas refeições. Sabemos que o açúcar em grandes quantidades causa o que chamamos de glicação na pele, que é o endurecimento do colágeno, e isso favorece o aparecimento de estrias. Na alimentação de antigamente quase não se comia açúcar, o que é bem diferente da alimentação da geração atual.

Além disso, o estilo de vida ativo das gerações anteriores também desempenhou um papel fundamental. Caminhadas diárias, trabalho físico e uma menor dependência de transporte motorizado ajudavam a manter o peso estável e a saúde da pele em dia. O sedentarismo, que é tão comum hoje em dia, não era um problema para as nossas avós.

“Resgatar alguns hábitos e cuidados das gerações passadas pode ser uma forma poderosa de manter a saúde da nossa pele. Às vezes, o que precisamos é olhar para trás e reaprender os segredos que funcionaram tão bem no passado”, finaliza Thassia, autora do método Microderme para tratamento de estrias.


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