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Bem-estar

O que é a febre do oropouche e quais cuidados devemos tomar

De acordo com a médica Melissa Andrade, a febre do oropouche pode ser transmitida por dois ciclos diferentes: o silvestre e o urbano

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Maruim - mosquito-pólvora - é o transmissor da fabre oropouche

Maruim – mosquito-pólvora – é o transmissor da fabre oropouche. Foto: Coleção de Ceratopogonidae do IOC/Fiocruz

O Espírito Santo confirmou, nesta terça-feira (10), a primeira morte por febre do oropouche em território capixaba. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), até a primeira semana de dezembro, 3.117 casos da doença haviam sido confirmados. Mas afinal, o que é essa doença? Quais são os riscos de contágio e que cuidados devemos tomar?

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Assim como a dengue, a febre do oropouche é uma arbovirose transmitida por mosquito. No entanto, o transmissor, neste caso, não é o Aedes aegypti, mas o maruim – conhecido como “mosquito pólvora”. A doença, que antes era restrita à região amazônica, recentemente passou a ser registrada também em outras partes do Brasil.

De acordo com a médica Melissa Andrade, infectologista do Vitória Apart Hospital, a febre do oropouche pode ser transmitida por dois ciclos diferentes: o silvestre e o urbano. No ciclo silvestre, animais como macacos e bichos-preguiça são picados pelo mosquito e passam a hospedar o vírus. No ciclo urbano, os humanos são picados e se tornam os hospedeiros.

“A transmissão do oropouche é feita principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim). Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus. Até o momento, não há evidência de transmissão direta de pessoa a pessoa”, explica a médica.

Sintomas da oropouche

Por ser uma arbovirose, os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Isso pode, inclusive, causar confusão nos diagnósticos. Por isso, é fundamental procurar ajuda médica na presença de qualquer sintoma.

“Como toda arbovirose, o risco se deve ao aumento do número de casos e, com esse aumento, os riscos de complicações, especialmente em pacientes com comorbidades. É uma doença muito parecida com outras arboviroses (dengue, chikungunya e zika), então o diagnóstico pode ser confundido. Mas, na maioria dos casos, as formas da doença são leves e com evolução benigna. A taxa de letalidade é bem menor do que a da dengue, por exemplo, mas é primordial procurar atendimento médico e focar nas medidas de prevenção”, orienta Melissa.

As opções de prevenção também seguem uma linha já conhecida e adotada para outras doenças: “Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele; manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas”, conclui a infectologista do Vitória Apart.


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