Bem-estar
Mitos sobre saúde: endocrinologista desmente boatos da internet
Especialista explica por que fake news sobre diabetes, musculação e carboidratos podem prejudicar a saúde e orienta sobre fontes confiáveis

Saúde. Foto: Freepik
As redes sociais se tornaram um canal de disseminação rápida de informações sobre saúde, dietas e tratamentos. No entanto, junto com conteúdos embasados na ciência, circulam também muitos mitos que podem colocar a saúde em risco. Para esclarecer os boatos mais compartilhados, a endocrinologista Gisele Lorenzoni aponta as inverdades e explica o que a ciência realmente diz sobre o assunto.
> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!
Entre as fake news que mais se espalham pela internet está a alegação de que parasitas podem causar diabetes. Segundo Lorenzoni, não há qualquer comprovação científica dessa relação. “O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico ataca as células do pâncreas, enquanto o tipo 2 está associado à resistência à insulina, obesidade e fatores genéticos. Nenhum parasita tem influência no desenvolvimento da doença”, explica a médica.
Outro equívoco recorrente é a crença de que idosos não conseguem ganhar massa muscular. Essa ideia pode desencorajar a prática de exercícios em pessoas mais velhas. No entanto, Lorenzoni ressalta que estudos comprovam que, com treinamento adequado e alimentação balanceada, é possível aumentar a massa muscular e melhorar a qualidade de vida na terceira idade.
A musculação na infância e adolescência também é alvo de desinformação. Muitos acreditam que a prática pode prejudicar o crescimento ou causar lesões graves. No entanto, a endocrinologista esclarece que, quando feita com supervisão profissional, a musculação pode trazer benefícios, como fortalecimento ósseo e prevenção da obesidade. “O importante é que o treino seja adaptado à faixa etária e ao desenvolvimento físico do jovem”, destaca.
Outro mito bastante disseminado é a ideia de que consumir carboidratos à noite leva ao ganho de peso. De acordo com essa crença, o corpo processaria esses alimentos de forma diferente no período noturno. Lorenzoni explica que o aumento de peso está relacionado ao excesso de calorias consumidas ao longo do dia, e não ao horário da ingestão dos carboidratos. “Se a ingestão calórica for maior do que o gasto energético, haverá acúmulo de gordura, independentemente do horário”, afirma.
Diante do grande volume de informações circulando na internet, a endocrinologista reforça a importância de buscar orientações em fontes confiáveis e evitar acreditar em soluções milagrosas sem respaldo científico. “A saúde deve ser levada a sério. Antes de seguir qualquer recomendação, é fundamental consultar um profissional capacitado”, alerta Lorenzoni.
Leia mais:
