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Bem-estar

Médico explica como identificar e cuidar da pressão alta e baixa

Pressão arterial é medida de acordo com a força que o sangue exerce sob vasos sanguíneos. Na pressão alta, sintomas de hipertensão podem demorar a aparecer

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Pressão arterial deve ser medida pelo menos quatro vezes por ano. Foto: Freepik

Pressão baixa e pressão alta são duas condições que muita gente conhece. Já existe até aquele conhecimento popular de que “a pressão boa tem que estar em 12 por 8”. Entretanto, muita gente não sabe os verdadeiros sintomas desses problemas ou não sabe distinguir se é um problema de pressão ou se é proveniente de outro fator do corpo.

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A pressão arterial é a pressão exercida nos vasos sanguíneos pelo sangue de acordo com a força que vem dos batimentos cardíacos. Quando essa força que bate nas paredes dos vasos é grande, pode-se dizer que a pessoa tem pressão alta. Por outro lado, quando não chega sangue suficiente no cérebro e em outros órgãos, pode-se considerar a pressão baixa.

Em ambos os casos, é importante ficar atento por conta dos problemas que essa diferença de pressão pode causar no corpo, principalmente em relação à pressão alta, que traz riscos mais altos a saúde dos cidadãos.

Pressão alta

O médico intensivista e colunista da BandNews FM, Adenilton Rampinelli, explica que a pressão alta, que gera a hipertensão, é muito silenciosa e fica muito tempo até apresentar sintomas. Na maioria dos casos, quando os sintomas aparecem, já foi perdido muito tempo de tratamento.

“Diferente da diabetes e outras doenças crônicas, a hipertensão não apresenta sintoma quando ela se instala. Você fica anos, e se não tiver o costume de fazer avaliação periódica na Unidade Básica de Saúde, procurar o cardiologista ou aferir a pressão pelo menos quatro vezes por ano em momentos diferentes, você acaba que não diagnostica na fase inicial e só vai diagnosticar quando já tem alteração clínica”, alerta.

De acordo com Rampinelli, o estágio 1 da hipertensão arterial se inicia quando o paciente passa do valor normal de 140 da pressão diastólica. Isso significa que quando passa do popular 14 por 9, já é necessário um tratamento atencioso em relação a esse caso.

Na grande maioria, o problema da hipertensão é herdado dos pais entretanto, os hábitos diários influenciam diretamente nesse aumento da pressão. Por exemplo, fumo, consumo exagerado de álcool, obesidade e elevado consumo de sal são alguns dos costumes que podem alterar e aumentar a pressão arterial do paciente.

Esse maior esforço que ocorre no coração quando há um aumento no coração pode gerar fatores de riscos como acidente vascular cerebral (AVC), infarto, aneurisma arterial, insuficiência renal ou cardíaca e até alteração ocular e urinária.

Em relação as dores de cabeça, o médico diz que ocorre um grande equívoco quanto ao entendimento desse fator e a relação com a pressão alta. “Você esta tendo uma dor de cabeça por algum motivo e por causa da dor, a pressão subiu. Você sente a dor de cabeça e a pressão vai estar alta e, de forma errada, a gente associa uma coisa a outra, mas na verdade é o contrário”, explica.

Pressão baixa

Já nos casos de indivíduos com pressão baixa, Rampinelli ressalta que, na maioria das vezes, não há nenhum problema. No geral, se o paciente tem pressão baixa, mas não apresenta nenhum tipo de sintoma ou irregularidade, não motivo para preocupação.

Em relação aos desmaios, muitas vezes associados à queda de pressão, o médico explica que muitas vezes a relação é maior com a frequência cardíaca do que com a pressão arterial. Um exemplo muito frequente é a alteração por estímulo vagal, quando a pessoa levanta muito rápido, gerando uma alteração na frequência cardíaca, que pode levar a uma síncope.

Além disso, Rampinelli faz o alerta de que não se deve colocar sal embaixo da língua de alguém que está desmaiado porque nunca se sabe se ali existe algum outro problema de saúde e por isso, é importe seguir algumas instruções para auxiliar alguém em caso de desmaio.

“Em qualquer situação em que você tenha diante de si uma pessoa desmaiada, a principal coisa é abrir a roupa dela para conseguir ventilar e respirar melhor, colocar em um lugar mais fresco e elevar as pernas. Quando a gente eleva as pernas dessa pessoa e ela está deitada, você consegue pegar o sangue que está represado nos membros inferiores, no sistema venoso, e jogar para o sistema central, para dentro do coração, consequentemente faz o coração bater mais forte e aumentar a pressão para a pessoa retomar a consciência”, detalha.

Segundo o médico, o grande problema da pressão baixa é quando começam a aparecer sintomas de sonolência e problemas para dormir, principalmente por ser uma forma de gerar o hipotireoidismo, condição de baixa produção do hormônio da tireoide, aumentando a fadiga sensibilidade ao frio e ganho de peso inexplicável.

“As vezes a gente pega um paciente idoso e frágil […], ele vai ter uma pressão mais baixa e está tudo bem. O problema é a gente querer subir a pressão de forma mais rápida, sendo que aquele organismo já esta acostumado com essa pressão”, pontua.

Ouça a entrevista completa


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