Bem-estar
Média de obesidade mórbida no ES é maior do que a nacional
Estado calcula que 45% da população está na faixa de sobrepeso ou obesidade
O Espírito Santo atingiu a marca de 45% da população com sobrepeso ou obesidade, sendo que 5,5% são casos enquadrados como obesidade mórbida, maior do que a média nacional de 4,5%. Os dados foram divulgados pelo médico Gustavo Peixoto aos deputados da Comissão de Saúde nesta terça-feira (26).
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Para ser enquadrado como obesidade mórbida, o Índice de Massa Corporal (IMC) do paciente deve ultrapassar 40. Esse número é calculado a partir da divisão do peso pela altura ao quadrado. Segundo o médico, apenas 30% dos indivíduos com obesidade mórbida reconhecem seu estado como obesidade.
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Após a cirurgia bariátrica há uma redução de 90% nos casos de diabetes, hipertensão e refluxo, bem como uma diminuição de 84% nos casos de esteatose hepática, conhecida como gordura no fígado, e uma diminuição de 74% nos casos de fibrose hepática. A cirurgia é capaz de reduzir as taxas de mortalidade por diabetes em 92% e por câncer em 60%.
Em relação as dificuldades, o maior problema está na necessidade da unificação da fila dos pacientes que aguardam pela cirurgia. Estima-se que quase sete mil capixabas aguardem para operar e cerca de 90% acontecem nas redes privadas de hospital.
A cirurgia de videolaparascopia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) também está dentro das necessidades. Abrir o paciente durante a cirurgia aumenta em quatro vezes a chance de mortalidade e de gerar alguma infecção, diferente do que ocorre por meio do vídeo, que tem a recuperação mais rápida.
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Outra coisa importante é a promoção de cirurgias plásticas reparadoras na rede pública e acompanhamento pós cirúrgico, principalmente para os pacientes do interior do estado que tem dificuldade para se deslocar.
Os médicos que participaram da reunião na Assembleia Legislativa ainda comentaram sobre a nova droga aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Tirzepatida é usada no tratamento de diabetes e obesidade, que auxilia na diminuição do número de cirurgias.
Além das necessidades médicas, os profissionais destacam a importância de criar uma medida legislativa e comportamental para evitar a obesidade. Para eles, proibir a venda de alimentos ultraprocessados nas escolas e campanhas de redução do sedentarismo são essenciais.
*Com informações da Assembleia Legislativa do ES.
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