fbpx

Bem-estar

Infectologista tira dúvidas sobre a vacina da gripe

Com baixa adesão no Espírito Santo, campanha segue com foco em públicos prioritários e reforça a importância da imunização anual

Publicado

em

Vacina de gripe. Foto: Divulgação

A campanha de vacinação contra a gripe começou no dia 7 de abril, mas a procura segue aquém do esperado no Espírito Santo. Até agora, apenas 17% do público-alvo tomou a dose, bem abaixo da meta de 90% de cobertura estabelecida pelo Ministério da Saúde.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

A partir deste ano, a vacina contra a influenza passou a fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação, ou seja, deve ser aplicada rotineiramente em crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos com 60 anos ou mais. Esses grupos são considerados prioritários devido ao risco de complicações graves provocadas pelo vírus.

Também têm direito à imunização gratuita os trabalhadores da saúde, puérperas, professores, povos indígenas, pessoas em situação de rua, forças de segurança, caminhoneiros, portuários, funcionários dos Correios, população carcerária e pessoas com doenças crônicas ou deficiência permanente.

Apesar da segurança comprovada da vacina, muitas pessoas ainda têm dúvidas na hora de tomar a dose. Para esclarecer as principais questões, a infectologista Martina Zanotti, do Vitória Apart Hospital, respondeu às perguntas mais frequentes sobre o imunizante:

O que é o vírus influenza e por que se vacinar?
A influenza é uma infecção respiratória que pode causar desde sintomas leves — como febre, dor no corpo e cansaço — até quadros graves, com pneumonia e risco de óbito, especialmente em crianças pequenas, idosos e pessoas com comorbidades.

A vacina contém os vírus inativados (ou “mortos”) mais comuns em circulação. Eles não causam a doença, mas estimulam a produção de anticorpos. “Mesmo sem estar vivo, o vírus presente na vacina ‘ensina’ o corpo a se defender em uma eventual infecção real”, explica a médica.

Quem já se vacinou no ano passado precisa repetir a dose?
Sim. A composição da vacina é atualizada anualmente, de acordo com os vírus predominantes em circulação. A proteção dura, em média, de seis meses a um ano, por isso é necessário se imunizar todos os anos.

A vacina contra a gripe pode causar sintomas?
Segundo a infectologista, a vacina é bem tolerada. Os efeitos colaterais, quando ocorrem, costumam ser leves e incluem dor no local da aplicação, febre baixa e mal-estar, especialmente na primeira vez em que a pessoa é vacinada.

A vacina pode causar gripe?
Não. “O vírus usado na vacina é inativado. Não existe chance de ele provocar a doença”, afirma Martina Zanotti. A gripe após a vacinação costuma ter outras causas, como infecção por outro vírus ou exposição anterior ao influenza, antes da formação dos anticorpos.

Posso tomar outras vacinas junto com a da gripe?
Sim. O Ministério da Saúde recomenda aproveitar a ida ao posto para atualizar a caderneta vacinal. A vacina contra a gripe pode ser aplicada junto com outras, como hepatite, covid-19 e febre amarela.

A vacinação ajuda a proteger outras pessoas?
Além da proteção individual, a imunização tem um efeito coletivo: quanto mais pessoas vacinadas, menor a circulação do vírus e maior a proteção da comunidade. Isso é especialmente importante para quem não pode ser vacinado por motivos médicos.

A vacinação contra a gripe segue disponível nos postos de saúde do Espírito Santo. Para receber a dose, é necessário apresentar um documento com foto e o cartão do SUS, quando disponível.

LEIA MAIS: