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Bem-estar

Dezembro Vermelho: ES registra 1.572 novos casos de AIDS em 2023

Quanto aos óbitos decorrentes da doença HIV/Aids, no ano de 2022, os dados preliminares registrados no estado totalizaram 267 registros

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Teste HIV/Aids. Foto: Agência Brasil

Teste HIV/Aids. Foto: Agência Brasil

De janeiro a novembro deste ano, foram notificados 1.572 novos casos no Espírito Santo, sendo 1.111 em pessoas do sexo masculino (70,6%) e 461 em pessoas do sexo feminino (29,4%). Atualmente, cerca de 22 mil pessoas vivendo com HIV/Aids foram notificadas. Já em 2022, foram notificados 1.422 novos casos no estado, com predomínio de pessoas do sexo masculino infectadas, totalizando 1.018 novos casos (71,6%).

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Quanto aos óbitos decorrentes da doença HIV/Aids, no ano de 2022, os dados preliminares registrados no estado totalizaram 267 registros. Enquanto de janeiro até 9 de novembro deste ano, foram registrados 151 óbitos. (Dados extraídos do SIM/TABNET SESA – Sistema de Informação sobre Mortalidade, em 09/11/23).

CONSCIENTIZAÇÃO

Nesta sexta-feira (1º), a Secretaria da Saúde (Sesa) dá início à campanha “Dezembro Vermelho”, dedicada à conscientização e à prevenção do HIV/Aids. O propósito dessa iniciativa é unir esforços na batalha contra o vírus, promovendo o diagnóstico precoce do HIV/Aids.

A campanha também busca aprofundar o assunto sobre a prevenção, acompanhamento e a solidariedade em relação às pessoas vivendo com HIV/Aids, que continua sendo uma das doenças mais sérias da atualidade e que vai além das preocupações de saúde, abrangendo dimensões econômicas e sociais de profunda relevância.

A Sesa destaca a importância da prevenção e detecção precoce do HIV/Aids, alertando que a falta de sintomas iniciais não indica a ausência do vírus, e recomenda que a população realize testes regulares para a identificação precoce da infecção. Destaca também que a detecção precoce é crucial para iniciar o tratamento, controlando a replicação viral e preservando a saúde, além de ressaltar a necessidade de adesão contínua ao tratamento pelo infectado.

No Espírito Santo, a Saúde dispõe de diversos insumos para o combate ao HIV/AIDS, como testes rápidos fornecidos pelo Ministério da Saúde, o auto teste de HIV, preservativos, medicação antirretroviral, inclusive de alto custo, PEP (Profilaxia Pós-Exposição), PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), fórmula láctea infantil e exames específicos para pessoas vivendo com HIV/AIDS, como CD4, carga viral e genotipagem, que estão dispostos à população, para tratamento do HIV e das infecções oportunistas que podem acometer as pessoas que vivem com a Aids.

A referência da coordenação Estadual de IST/Aids da Sesa, a médica Bettina Lima, explica que, apesar dos esforços e conquistas, observa-se que a transmissão sexual continua sendo a principal causa de novos casos, afetando principalmente pessoas jovens de 20 a 49 anos, do sexo masculino, com relações homo ou bissexuais, e com a escolaridade incompleta, além da população preta e parda.

“É crucial enfatizar que uma pessoa com carga viral não detectada não transmite o HIV nas relações sexuais, mas outras infecções podem ser transmitidas e que, no caso das gestantes que vivem com HIV devidamente tratada, raramente ela irá transmitir o vírus para o bebê durante a gestação ou o parto”, explica a médica Bettina Lima.

Ela acrescentou que a persistência do preconceito muitas vezes resulta da falta de informação, levando as pessoas vivendo com HIV/Aids a se sentirem discriminadas, o que pode comprometer a adesão ao tratamento. “É fundamental continuar testando, tratando positivos e, sobretudo, combatendo o preconceito e a discriminação. O ‘Dezembro Vermelho’, portanto, é um convite à reflexão e à ação coletiva, visando uma sociedade mais informada, solidária e livre do estigma associado ao HIV/Aids. A prevenção, o tratamento e a compaixão são instrumentos essenciais na construção de um futuro mais saudável para todos”, salienta a referência técnica Bettina Lima.

ONDE BUSCAR ATENDIMENTO

Os testes regulares preventivos são realizados na Atenção Primária e a população deve se dirigir à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência para receber orientações essências e poder conduzir o tratamento, caso necessário.