Bem-estar
Dengue: 20 cidades do ES vão receber vacina. Veja quais
Mais de 500 cidades brasileiras, divididas em 16 estados receberão as doses da vacina contra a dengue, que começam a ser aplicadas em fevereiro
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Vila Velha e mais 19 cidades vão receber vacina contra dengue no ES. Foto: Rogério Vidmantas / Prefeitura de Dourados / Agência Brasil
O Ministério da Saúde divulgou a lista de cidades que vão receber a vacina contra a dengue. No Espírito Santo 20 cidades vão receber as doses para a imunização que começa em fevereiro. Os municiou capixabas selecionados são:
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- Vila Velha
- Serra
- Cariacica
- Vitória
- Guarapari
- Afonso Cláudio
- Viana
- Laranja da Terra
- Fundão
- Itaguaçu
- Santa Leopoldina
- Domingos Martins
- Santa Teresa
- Venda Nova do Imigrante
- Santa Maria de Jetibá
- Ibatiba
- Brejetuba
- Marechal Floriano
- Conceição do Castelo
- Itarana
O Brasil se destaca como o primeiro país a disponibilizar o imunizante no sistema de saúde público. No entanto, o país enfrenta a dificuldade de ter uma quantidade limitada de doses. O Ministério da Saúde receberá um total de pouco mais de 6 milhões de doses, das quais 5,2 milhões foram adquiridas do laboratório Takeda e 1,3 milhão foram recebidas através de doações.
Mais de 500 cidades brasileiras, divididas em 16 estados receberão as doses da vacina contra a dengue. Mas, o público vacinado vai ser menor, já que são necessárias duas aplicações para a imunização completa.
A vacina
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), a Qdenga é uma vacina tetravalente que protege, portanto, contra os quatro sorotipos do vírus da dengue – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Feita com vírus vivo atenuado, ela interage com o sistema imunológico no intuito de gerar resposta semelhante àquela produzida pela infecção natural. O imunizante deve ser administrado em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas, independentemente de o paciente ter tido ou não dengue previamente.
Infecções prévias
Quem já teve dengue, portanto, deve tomar a dose. Segundo a SBim, a recomendação, nesses casos, é especialmente indicada por conta da melhor resposta imune à vacina e também por ser uma população classificada como de maior risco para dengue grave. Para quem apresentou a infecção recentemente, a orientação é aguardar seis meses para receber o imunizante. Já quem for diagnosticado com a doença no intervalo entre as doses deve manter o esquema vacinal, desde que o prazo não seja inferior a 30 dias em relação ao início dos sintomas.
Contraindicações
Conforme especificado na bula, o imunizante é indicado para pessoas de 4 a 60 anos. Como toda vacina de vírus vivo, a Qdenga é contraindicada para gestantes e mulheres que estão amamentando, além de pessoas com imunodeficiências primárias ou adquiridas e indivíduos que tiveram reação de hipersensibilidade à dose anterior. Mulheres em idade fértil e que pretendem engravidar devem ser orientadas a usar métodos contraceptivos por um período de 30 dias após a vacinação.
Eficácia
Ainda de acordo com a SBim, a vacina demonstrou ser eficaz contra o DENV-1 em 69,8% dos casos; contra o DENV-2 em 95,1%; e contra o DENV-3 em 48,9%. Já a eficácia contra o DENV-4 não pôde ser avaliada à época devido ao número insuficiente de casos de dengue causados por esse sorotipo durante o estudo. Também houve eficácia contra hospitalizações por dengue confirmada laboratorialmente, com proteção geral de 84,1%, com estimativas semelhantes entre soropositivos (85,9%) e soronegativos (79,3%).
Demais arboviroses
A SBim destaca que a Qdenga é exclusiva para a proteção contra a dengue e não protege contra outros tipos de arboviroses, como zika, chikungunya e febre amarela. Vale lembrar que, para a febre amarela, no Brasil, estão disponíveis duas vacinas: uma produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), utilizada pela rede pública, e outra produzida pela Sanofi Pasteur, utilizada pelos serviços privados de imunização e, eventualmente, pela rede pública. As duas têm perfis de segurança e eficácia semelhantes, estimados em mais de 95% para maiores de 2 anos.
Registro
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro da Qdenga em março de 2023. A concessão permite a comercialização do produto no país, desde que mantidas as condições aprovadas. O imunizante, contudo, segue sujeito ao monitoramento de eventos adversos, por meio de ações de farmacovigilância sob responsabilidade da própria empresa fabricante.
Outros imunizantes
A Qdenga é a primeira vacina contra a dengue aprovada no Brasil para um público mais amplo, já que o imunizante aprovado anteriormente, Dengvaxia, do laboratório francês Sanofi- Pasteur, só pode ser utilizado por quem já teve dengue. A Dengvaxia não foi incorporada ao SUS e é contraindicada para indivíduos que nunca tiveram contato com o vírus da dengue em razão de maior risco de desenvolver quadros graves da doença.
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