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Bem-estar

Confira cinco plantas que podem afastar mosquito da dengue

Com um aumento de mais de 445% nos casos em comparação ao mesmo período de 2023, a adoção de métodos naturais de prevenção torna-se essencial

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Lavanda é uma das plantas que afastam o mosquito. Foto: Freepik

Lavanda é uma das plantas que afastam o mosquito. Foto: Freepik

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil já superou um milhão casos de dengue, representando um aumento de mais de 445% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 165.839 casos.

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Diante desse recorde, torna-se crucial reforçar as medidas de prevenção. Uma estratégia simples e com um aroma agradável envolve o cultivo de plantas aromáticas em casa, que podem ajudar a afastar o mosquito transmissor da dengue. Isso porque o aroma dessas plantas e ervas interfere nos sensores olfativos dos insetos, afastando-os das pessoas.

“Os mosquitos são atraídos por substâncias químicas exaladas pelo nosso corpo, como o dióxido de carbono, durante a respiração”, explica Giovani Lucas Miranda, professor de Ciências e Biologia do Colégio Positivo. Isso explica a proximidade dos mosquitos com a cabeça humana. “É uma área de intensa eliminação de gás carbônico, substância química que atrai os pernilongos”, acrescenta o professor. E, segundo ele, alguns aromas, afastam o mosquito, servindo como repelente e um método eficaz de combate à dengue.

Plantas como sálvia, melissa, citronela, manjericão e lavanda são reconhecidas pelos óleos essenciais que funcionam como repelentes naturais contra mosquitos e outros insetos. “Compostos como o citronelol, presente na citronela, e o linalol, encontrado na lavanda, afetam os sensores olfativos dos mosquitos, dificultando a capacidade de localizarem humanos para picar. O manjericão contém eugenol, e a sálvia possui tujona e cineol, que podem ter efeitos tóxicos e irritantes nos sensores olfativos dos insetos, desestimulando a permanência deles nas áreas onde essas plantas estão presentes”, detalha o especialista.

Propriedades das plantas

  1. Sálvia (Salvia officinalis): rica em óleos essenciais como cineol, borneol e tujona, conhecidos pelas propriedades repelentes de insetos. Além do uso tradicional na culinária devido ao aroma forte, a sálvia é aplicada no tratamento de problemas digestivos e inflamações da boca e garganta, possuindo também propriedades antioxidantes e antimicrobianas.
  2. Melissa (Melissa officinalis) ou erva-cidreira: conhecida pelas propriedades calmantes, a melissa contém óleos essenciais como citral, neral e geraniol, que ajudam a repelir insetos. É de fácil cultivo e atrai abelhas, beneficiando a polinização do jardim.
  3. Citronela (Cymbopogon nardus): o óleo essencial é um dos repelentes de mosquitos mais eficazes e naturais, usado em velas, sprays e loções. Contém geraniol, citronelol e citronelal, que interferem nos sensores dos insetos, repelindo-os eficazmente. Além do uso como repelente, a citronela é usada em aromaterapia para promover relaxamento e aliviar o estresse.
  4. Manjericão (Ocimum basilicum): rico em eugenol, linalol e citronelol, o manjericão é muito usado na culinária pelo sabor único, propriedades anti-inflamatórias  antibacterianas, além de ser uma fonte de antioxidantes. Fácil de cultivar, atrai abelhas, é benéfico para o ambiente e ainda atua como repelente de mosquitos.
  5. Lavanda (Lavandula angustifolia): além das conhecidas propriedades relaxantes, utilizadas em produtos de aromaterapia para alívio do estresse e indução do sono, a lavanda pode repelir mosquitos e traças devido ao óleo essencial que contém linalol e acetato de linalila.

Medidas preventivas

O uso de plantas e óleos essenciais como repelentes naturais é uma estratégia ambientalmente sustentável, reduzindo a dependência de repelentes químicos, que podem acarretar efeitos adversos para a saúde e o meio ambiente. “Isso porque além de repelir mosquitos, essas plantas podem atrair insetos benéficos e polinizadores, desempenhando um papel valioso na manutenção da saúde do ecossistema local”, destaca o professor.

Como o Aedes aegypti está adaptado à convivência com humanos, pode picar ao longo do dia, especialmente em períodos de menor incidência solar, quando tende a se abrigar. Contudo, isso não o impede de picar dentro de residências durante o dia.

“De modo geral, ele mostra preferência por períodos de baixa de luminosidade, especialmente ao final da tarde. Por isso, recomenda-se a instalação de telas e o fechamento de portas e janelas após às 16h30, principalmente em áreas com presença conhecida desses mosquitos. E, se possível, aplique repelente”, sugere Giovani.

Ele enfatiza que é importante entender que, embora o cultivo dessas plantas possa ajudar na redução de mosquitos, essa medida deve ser parte de uma estratégia mais ampla de combate à dengue, que inclua a educação da comunidade, a manutenção da limpeza e a eliminação de possíveis criadouros do mosquito.


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