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Médico é acusado de negligência após morte de jovem no ES

“Ela estava com pressão baixa, dor no peito, falta de ar. Estava muito mal. Tomou soro de 14h às 23h e sequer fez xixi. Foi negligência”, disparou a irmã

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GessiK Dettmann Bello, 32 anos, morreu nesta quarta-feira e a família acusa médico de negligência

GessiK Dettmann Bello, 32 anos, morreu nesta quarta-feira. Foto: Arquivo Pessoal

A família de Gessik Dettmann Bello, 32 anos, acusa o médico João Roberto Dal Col, da Fundação Médico Assistencial do Trabalhador Rural de Ecoporanga (Fumatre), de ter agido com negligência, o que teria levado à morte dela. Wanessa Dettmann, 29, irmã da paciente, filmou uma discussão com o médico na unidade minutos antes de a irmã desmaiar à espera de atendimento na recepção da unidade de saúde.

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Gessik estava passando mal desde domingo (6). “Fizemos exame de sangue no médico particular dela e quando fui buscar o resultado, o bioquímico do laboratório me orientou a não levá-la ao posto de saúde e ir direto para o hospital. Eu cheguei lá, avisei à direção do hospital e pedi preferência para ela. As plaquetas dela estavam muito baixas. O pronto-socorro estava lotado e demorou muito o atendimento. Como é porta aberta, não tem segurança, entrei pra ver o que o médico estava fazendo e já fui filmando”, lembra Wanessa.

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No vídeo, é possível ver a irmã da vítima reclamando da demora no atendimento e acusando o médico de fazer atendimentos particulares, enquanto os pacientes do SUS aguardavam na fila. As duas partes se exaltaram e é possível ver nas imagens o médico pedindo que chamassem a Polícia Militar. Durante a discussão, a irmã da vítima foi avisada que a paciente teria desmaiado na recepção, enquanto aguardava o atendimento.

“Depois que ela desmaiou, a enfermeira e a técnica de enfermagem tentaram prestar os primeiros atendimentos. Depois de muito tempo o médico veio. Ele internou minha irmã às 14 horas. Eu não pude ficar com ela, lá não é permitida a permanência de acompanhante. Eu liguei para saber o estado de saúde dela e me falavam que ela estava bem. Quando cheguei às 20 horas para visitá-la, a encontrei muito mal. Me disseram que trataram ela à base de soro apenas. Ela estava com pressão baixa, dor no peito, falta de ar. Estava muito mal. Tomou soro de 14h às 23h e nem sequer fez xixi. E eles não fizeram absolutamente nada. Só deixaram ela no soro. Foi negligência”, acusa Wanessa.

GESSIK CHEGOU A SER TRANFERIDA

Ainda segundo a irmã da paciente, só às 23 horas o médico pediu uma ambulância para transferir Gessik para o hospital de Barra de São Francisco. A mulher deu entrada e precisou ser intubada com urgência. Por volta das 2 horas da madrugada desta quarta-feira (9), a paciente não resistiu e morreu. O corpo foi enviado para o Departamento Médico-Legal (DML) de Vitória. O sepultamento está programado para acontecer no cemitério do município nesta quinta-feira (9), às 11 horas.

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A morte de Gessik revoltou famílias, amigos e moradores de Ecoporanga. Há um protesto marcado para ser realizado ainda nesta quarta-feira, às 19 horas, na Praça João Corsino de Freitas. Muitas pessoas manifestaram indignação e a revolta em uma publicação nas redes sociais do site Agita Eco.

“Eu ainda não tive tempo, mas assim que eu puder, eu vou fazer boletim de ocorrência na Polícia Civil. Isso não vai ficar assim. Eu quero Justiça. Eu não quero que ninguém mais passe o que minha irmã passou. Ela deixou dois filhos. Estamos arrasados com a morte dela por negligência médica. Eu quero Justiça”, pontua Wanessa.

Nos grupos de WhatsApp da cidade corre uma circular com a notícia de que o médico João Roberto Dal Col teria sido afastado da Fumatre por negligência médica. A reportagem do Portal ES360 tentou contato com a unidade de saúde até o fechamento desta matéria e, no entanto, não obteve retorno.


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